segunda-feira, abril 27, 2009

MORTE DE PINTOS – REPORTEGEM TVM

Na semana passada a TVM passou uma reportagem sobre a morte de pintos e pelo que tenho vindo a notar, algumas pessoas não entenderem, é o que notei tambem com o colega Arao Dava.
De todas maneiras, acho que essas pessoas podem ter ficado comovidas com as imagens “chocantes” que afinal, é a realiade vivida no mundo da criação de frangos, esquecendo se de acompanhar todos os dados da reportagem.
Convido ao colega DAVA a procurar entender os contornos da criação de pintos para saber que, desde que a actividade iniciou, os pintos “fora do prazo” são eliminados ( Sufocados, Queimados, Afogados entre outros – Aquele mundo é assim )
Logo, matar, ou pintos a morrer até não é NOTICIA mas, quando vao morrer sessenta mil numa semana, aí o jornalista da TVM, tem o dever de mostrar e eu como telespectador quero ver.
A noticias não era a “simples morte” de pintos ( são mortos todos os dias ) mas quando são sessenta mil e porque? Aí, alguém tinha de dar respostas e o Jornalista da TVM fez isso procurando os que estavam a matar os pintos.
Em relação à escolha das imagens acho isso relativo mas pessoalmente achei normal as que passaram.
Quero concordar com o colega quando diz que Nada Justifica a Violencia mas, infelizmente no negocio de pintos é assim ( também sou contra ) mas acredito que os que fazem não tem outra solução, senão vejamos:
O negócio de Pintos / Frangos obedece a uma cadeia que quando algo falha os pintos são os sacrificados.



1. Tudo inicia com os OVOS e segue o processo PINTOS – FRANGOS – MATADOURO – SUPERMERCADO. ( São empresas ou comerciantes independentes um do outro e alguns até rivais )

2. O dono dos PINTOS compra os ovos e prepara o produto mediante encomenda.
NOTA: os pintos devem ser vendidos no máximo de quatro a cinco dias depois dos quais, ficam “fora do prazo” e ninguém compra porque a criacao segue prazos pre estabelecidos.

3. Logo, porque a cadeia ( compra e venda ) é feita normalmente de cinco em cinco dias, quando o supermercado não vende, ficando com os armazens cheios, não aceita mais mercadorias. Aí, o criador de frangos ( que também está com as capoeiras cheias ) informa ao produtor de PINTOS, que desta vez não vai levar o produto.
Neste caso, o dono dos PINTOS ( imagine gerir 20 mil pintos / dia por exemplo ) normalmente só tem capacidade para manter pintos até ao quinto dia. Logo, nestes casos, o excedente é sempre destruído mano. Infelizmente destruído, mas, como dizem e o que notei, é o mods vvnd daquele negócio.
PORQUE NAO OFERECER? Pergunta alguns.
Para gerir pintos é necessário ter uma capacidade instalada ( os pintos exigem regras rigidas de criação) logo, só se pode “oferecer” aos que tem capacidade para um dia ir comprar pintos.
Aquí aconselho a ler alguns manuais de ECONOMIA ou GESTÃO de negócios.
Um dos cenários que podem surgir do acto de oferecer: Os que normalmente compram, podem criar crise ( não indo comprar pintos ) sabendo que, no quinto dia do nascimento dos pintos, o dono dos pintos vai oferecer). Reflita.
Se quiser saber mais investigue conversando com os directamente envolvidos na produção de frangos.
Em relação aos que “apanharam” pintos, dizer que são os catadores de lixo. ( gente que vive removendo lixo nas lixeiras e alguns apanharam para brincar com os pintos e depois deixar). Como disse, os pintos são deitados todas as semanas só que em numeros menores. Logo, ninguém apanhou pinto algum para aproveitamento. Alias, aqueles pintos crescem ou sobrevivem em condições adequadas e específicas.
Sem querer ser especialista, procurei saber mais sobre o assunto e conversei com o jornalista da TVM que fez o trabalho.
ACHO QUE, o que aconteceu foi mesmo mostrar a situação real que marca o negócio do frango no país mas, quanto à saturação ou não do mercado, nesta minha procura de saber mais, disseram me ( não posso provar) que um magnata, ca da terra, está a meter frangos importados sem ter licença.
Propor ao colega Dava e não só para investigar evitando cair em erros que podem manchar o bom nome deste espaço
Obrigado mano. Por um Moçambique onde aspessoas procuram informar se antes de tirar conclusões que acabam minando o bom nome de alguns profissionais de verdade. (X)


Uqueio
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