quarta-feira, dezembro 31, 2008

Figuras de Moçambique do ano 2008

Os nomeados são:

1. As Melhores Figuras de Moçambique em 2008

Político - Armando Guebuza e Davis Simango
Desporto - Arnaldo Salvado
Música - Stewart Sukuma
Jornalismo - Holden Guedes
Justiça - Juiz Paulino
Sociólogo - Elisio Macamo
Economista - Carlos Castel-Branco
Empresário - Celso Correia
Governo - Ivo Garrido
Sociedade civil - Alice Mabota (LDH)
Teatro - Gilberto Mendes (Gungu)
FRELIMO - Edson Macuácua
RENAMO - Eduardo Namburete
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quarta-feira, dezembro 10, 2008

A PROBLEMÁTICA POLÍTICA MUNDIAL VISTA À LUZ DA CRISE ZIMBABWEANA

A PROBLEMÁTICA POLÍTICA MUNDIAL VISTA À LUZ DA CRISE ZIMBABWEANA

´´A propaganda leva-nos muitas vezes a abraçar

agendas ou causas ruíns, que só servem os interes-

ses dos outros países, mas que nunca devíamos assumir,

em total prejuízo daquelas que são nossas, e que devíam

servir os nossos genuínos interesses´´ Professor Baguenda.

Por Gustavo Mavie

Um dos meus professores que mais me marcou, um tanzaniano de nome Baguenda, que me deu a cadeira de ´Pensamento Político´´, várias vezes proferia estas palavras com que começo este artigo com que pretendo dissertar sobre a realidade política mundial de ontem e de hoje, tendo como epicentro, a crise político-económica zimbabweana.

Ele insistia sempre com a calma que lhe era característica, que a propaganda visa moldar as mentes das pessoas a que é dirigida, para que pensem em função e conformidade com o desejo do propagandista.

Para melhor se fazer entender, ele recorria muitas vezes, como que inspirando-se em Jesus Cristo, a parábolas, como quando dizia que a propaganda visa levar os seus alvos, a dançarem ao som da música do propagandista.

Por isso, Baguenda instava-nos sempre, a compenetrarmos, e a pensar profundamente sobre porque é que somente os líderes dos povos do terceiro mundo, têm sido severamente punidos pelos pequenos e grandes erros ou desmandos que amiúde cometem no processo da governação dos seus países.

Um dos seus exemplos predilectos, era o então presidente Noriega da Nicarágua, do Panamá, que os Estados Unidos foram prender na década de 80 no seu próprio pais, em pleno exercício do seu mandato, e o levaram à força para uma prisão norte-americana, onde até hoje se encontra a cumprir uma pena perpétua, após o condenarem sumariamente, sem direito a desfesa, por alegado tráfico de drogas.

Julgo que hoje Baguenda deve recorrer a Saddam Hussein, para mostrar que os EUA continuam iguais a si próprias, e a penalizar os estadistas de outros países, recorrendo a todo o tipo de acusações, como quando derrubaram este líder iraquiano, sob a alegação de que detinha armas de destruição massiva, ao mesmo tempo que têm estado a fazer tudo para penalizar Mugabe, a quem Washington e Londres acusam de ter cometido graves violações dos direitos humanos no seu país, quando eles próprios são piores violadores dentro mas, acima de tudo, fora das suas fronteiras, como iremos demonstrar ao longo deste artigo.

Baguenda tinha, obviamente, um outro ror de muitos outros casos ou exemplos com que nos punha as nossas mentes em permanente ebulição e questionamento da tortuosidade da política mundial, para que não as deixássemos moldar pela propaganda ocidental, especialmente pelo duo EUA-UK, ou Grã-Bretanha neste último caso.

´´Protejam as vossas mentes da propaganda venenosa, e vocês próprios, com o saber que vos faça sempre sábios, e para isso, devem ler e ler sempre bons livros políticos, como este de Hans Morgenthau intitulado ´´A Política Entre Nações – A luta pelo Poder e Pela Paz´´., assim nos instava ele, para depois vincar que se não nos protegermos, seremos conduzidos como um rebanho que até se leva à morte no matadouro sem ter consciência disso ate que lá chegue se seja decapitado um a um.

Neste seu livro, Morgenthau destaca, no capítulo sobre propaganda, que qualquer país que seja, e muito mais quando é uma superpotência que queira manter a sua influência e assim perpetuar a sua dominação político-ideológica sobre o resto do Mundo, deverá servir-se não só do seu potencial diplomático e militar, mas, acima de tudo, deverá montar uma poderosa máquina de comunicação, como rádios e televisões, para com elas disseminar a sua propaganda, que lhe possa permitir moldar um pensamento uniforme, e assim poder manter a submissão (voluntária) dos outros povos´.

Morgenthau vinca que hoje em dia, ´´a política externa é feita não só através dos meios tradicionais da diplomacia e do mito militar, mas, também e acima de tudo, com base na nova arma que é a propaganda.

´´Isto porque na luta pelo poder no domínio internacional, não se pode limitar apenas às guerras militares pela conquista da supremacia militar, e pela dominação política, mas tem que ter sempre em conta a luta pela conquista das mentes dos homens´´, vinca este académico já falecido norte-americano de origem alemã.

´´O poder duma nação, agora, depende não só da habilidade da sua diplomacia e da força das suas forças armadas, mas também pela sua capacidade de atrair as outras nações e povos, a abraçarem a sua filosofia política, bem como tudo que são o seu espólio político e suas instituições em geral´´, assim destaca Morgenthau.

Esta sua explicação, explica também de forma clara porque é que os países com intenções ou tendência de dominar política e militarmente outros povos, como os EUA e Grã_Bretanha, gastam rios de dinheiro para montar e manter poderosíssimas rádios e televisões nos seus países, sendo com base nelas que se servem para disseminar essa sua propaganda, como são os casos da Voz da América e da BBC. Montaram e mantêm tais meios de comunicação poderosos, para com elas moldarem as mentes dos homens de todo o mundo, para que pensem como eles querem que pensem.

Muito embora não seja para dominar outros povos, a China por exemplo, serve-se também dos seus meios de comunicação de massa, como escudo de defesa das mentes do seu povo, para armá-lo, de modo que a mente deste não seja assaltada pela propaganda estrangeira ou seja moldada pela do Ocidente, e que neste caso tem estado a tentar a levar os cidadãos chineses a acreditarem que o seu governo comunista é ruim, que deve ser substituído por todos os meios.

Para tal, o governo chinês gasta também o equivalente a biliões de dólares para montar uma poderosa máquina de comunicação, como mega estações de rádio e televisão.

Para se ver a importância que a liderança chinesa atribui aos seus media, é que os coloca em pé de igualdade com o exército. Os seus dirigentes justificam isto, dizendo que quando um governo não se arma com o poder dos meios de comunicação para manter o seu povo bem informado da verdade e da justeza da sua agenda político-económica nacional, arrisca-se a fracassar, e a ver todo esse projecto ir-se por água abaixo, porque a mente desse seu povo será moldada à imagem e semelhança do que o Ocidente quer seja, e será levado a pensar em função do que beber da propaganda que lhe será emitida de fora.

Tal pode acontecer de facto, porque Morgenthau vinca que ´´toda a política externa é uma guerra pelo controlo das mentes´´; e que, ´´no caso concreto da propaganda, é tanto assim em específico, porque visa mesmo moldar directamente as mentes das pessoas, para que aceitem certos factos forjados, não porque são verdadeiros, mas porque assim se lhes são apresentados ou inculcados´´, sendo o exemplo disto agora, o facto dos EUA terem espelhado ao mundo a tese que no Iraque de Saddam Huseein, havia armas de destruição massiva, que deviam ser destruídas a todo o custo, porque caso contrário, poderiam ser usadas para destruir os próprios EUA e o resto do Mundo.

A força com que espelharam essa mensagem, levou os menos informados da táctica da Casa Branca executada pelo Pentágono, a acreditarem que tais armas existiam mesmo, quando, na verdade, era um trampolim que visava encobrir o que estava em causa de facto, que era o petróleo iraquiano que Saddam não deixava ser assaltado pelos EUA a preço de banana.

MBEKI SUGERE QUE TSIVANGIRAI TEM A MENTE FORMATA PELO OCIDENTE

É interessante que o antigo Presidente sul-africano, Thabo Mbeki assume como válida esta tese de Mergenthau, ao deixar claro que o que tem complicado e retardado a entrada em funções do governo de partilha do poder no Zimbabwe, é porque o próprio líder da oposição zimbabweana Morgan Tsivangirai, pensa e age em função do que lhe é ditado pelos lideres ocidentais, alertando-o, numa carta que lhe endereçou o mês passado, que isso não lhe vai ajudar em nada para a normalização da situação no seu país.

Nessa carta, Mbeki desmonta a falácia dos dirigentes do MDC e suas alegações, ao mesmo tempo que vai mais a fundo, para expor a tendência dos seus lideres de levarem à imprensa ou à arena pública tudo o que discutem em fóruns diplomáticos da região, bem como a sua evidente submissão e clientelismo ao Ocidente, em prejuízo dos legítimos interesses deles próprios e dos zimbabweanos em geral.

Mbeki vinca assim: ´´ Sabe muito bem que, entre outras coisas, vários países da nossa região albergam numerosos refugiados económicos vindos do Zimbabwe, e que tem imposto um fardo muito pesado sobres estes nossos países´´.

Noutro passo, Mbeki vinca assim: Sabe também que por lealdade à prática da solidariedade africana, nenhum destes países e governos tem estado a falar publicamente do quanto custa suportar esse fardo, por recear de que isso podia despoletar xenofobias de que todos nós somos contra. No entanto, os lideres do povo do Zimbabwe, incluindo você meu querido irmão, precisam ter sempre em mente que a dor que o vosso país suporta, é transferida para as massas dos nossos países, que neste caso se confrontam elas próprias com os desafios que derivam da pobreza em que vegetam, para além de que muitos deles enfrentam o desemprego e o subdesenvolvimento´´.

Ele destaca que ´´há que ter em conta também que este fardo não é carregado pelos países da Europa Ocidental ou da América do Norte, e que, neste caso, são quem beneficiam das habilidades dos profissionais zimbabweanos que emigram nesses seus países´´.

´´Ao fim e ao cabo, quando tudo tiver sido dito e feito, o Zimbabwe terá de existir em paz e colaboração produtiva com os seus vizinhos na Africa Austral e no resto da Africa. Realisticamente, o Zimbabwe nunca partilhará a vizinhança com os países ocidentais europeus ou da América do Norte, e, por conseguinte, assegurar o seu sucesso na base da sua amizade com estes países distantes, e persistir na sua recusa às decisões dos seus vizinhos imediatos.´´, assim diz Mbeki, na sua réplica à uma carta que o Secretário-Geral do MDC, o emocional e fervoroso Tendai Biti, lhe endereçou, em que acusa Mbeki e os restantes líderes da SADC, de serem combardes, ao mesmo tempo que rotula a decisão que estes tomaram na sua última cimeira na Africa do Sul, de que o MDC deve partilhar com o governo de Mugabe a gestão do ministério do interior que controla a polícia, de ´´inútil´´.

Mbeki repudia veementemente o recurso a uma linguagem irresponsável e insultuosa com que Biti e, dum modo geral, todos os lideres do MDC Tsivangirai, tratam os lideres da região. Sempre que se dirigem a eles, espelham de facto um desprezo e uma veneração e um amor mortal pelos do ocidente, talvez porque é deles que recebem todos os apoios financeiros e ordens para decidir o que fazer a cada vez que vão á mesa de negociações com o executivo de Mugabe.

PENSEM SOBRE PORQUE É QUE OS LÍDERES OCIDENTAIS E SEUS PAÍSES NUNCA SÃO SUJEITOS A SANÇÕES OU BANIMENTOS

Baguenda instava-nos também a pensar sobre porque é que as sanções políticas e económicas, são sempre e somente impostas aos líderes e países do terceiro mundo, do tipo das que são agora aplicadas contra o Zimababwe e a sua liderança pelo Ocidente, e que têm sido a principal causa do sofrimento e morte de seus cidadãos por doenças evitáveis, como os centos que ja sucumbiram agora vítimas da cólera, ou bloqueios económicos, como o que tem estado a ser imposto contra Cuba há mais de 50 anos pelos EUA, mas que nunca são aplicadas a estes mesmos países ocidentais que passam a vida a punir os outros, mesmo quando cometem os piores crimes contra os seus próprios povos ou contra os dos outros países e de toda a humanidade como tal.

Para nos levar a ver no concreto aquilo de que estava pregando, enumerava uma série de guerras e invasões injustificadas que estes países haviam levado a cabo ao longo de séculos contra outros países e territórios que não gostavam delas ou que não eram aliados seus do tipo Israel que têm estado a defender, não obstante esteja a ocupar a Palestina e a matar o seu povo há mais de 60 anos, bem como uma infinidade de outros actos bárbaros que haviam cometido então em nome da luta contra o comunismo que eles diziam que era ruim para a humanidade. Entre o ror de barbaridades que ele apontava, destacava a colonização que impuseram sobre o resto do mundo, para não falar da invasão e ocupação do Vietname que, neste caso, foi primeiro levada a cabo pela Franca e depois pelos EUA.

´`Pensem sobre isto e muito mais, e vejam quão hipócritas são estes países, que se armam em defensores acérrimos dos direitos humanos, como o têm proclamado, quando durante séculos discriminaram oficialmente nos seus próprios países, os negros, como aconteceu nos EUA ou na Africa do Sul dos bóeres, com a cumplicidade de quase todo o mesmo Ocidente, do mesmo modo que os EUA quase exterminavam com balas de todo o tipo, os índios, para não falar das graves violações dos direitos humanos que cometeram além fronteiras, como o fazem agora no Vietname´´., assim dizia.

Antes de terminar este artigo, devo destacar que o que voltou a recordar-me que a propaganda perverte as mentes e decidir escrever este artigo, foi a procissão de cidadãos moçambicanos que condenaram Mugabe durante o Café da Manhã desta segunda-feira última na RM. Foi espantoso mas compreensível ver que há pessoas que acreditam que o Ocidente morre de amores pelo povo zimbabweano, e que tudo o que tem feito visa salvá-lo do diabólico Mugabe.

É certo e inegável que Mugabe cometeu alguns excessos, mas estão bem longe se igualar aos cometidos por Bush, Blair e companhia que neste caso lideram a campanha anti-mugabismo. E os que acreditam que eles morrem de amores pelos zimbabweanos, sofrem de amnésia. Isto porque passam apenas 16 anos que este mesmo Ocidente que hoje quer Mugabe deslojado do poder, apoiava lideres muito mais sanguinários como Ian Smith e os Bothas que estavam á frente dos regimes racistas que nos discriminavam, matavam e mantinham santos na terra como Mandela na cadeia, um Mandela que só este ano foi, finalmente, retirado da lista negra em que os EUA mantêm todos os que consideram como lideres terroristas.

Confesso que sabia que o Ocidente estava ganhando a guerra das mentes em função da sua propaganda em torno desta crise, mas nunca imaginei que havia tanta gente assim que para mim já têm as suas mentes já formatadas, e que já nutrem tanta repulsa por Mugabe e o seu governo. É curioso que na mesma segunda-feira, jà à noite, houve na BBC um outro debate, em que esta emissora pretendia saber se haveria ou não consenso de que se deve recorrer à força para se remover Mugabe do poder.

A intensidade e divergência de opiniões com que esse debate decorreu, levou-me a ver que o que havia se realizado no Café da Manha servido pelo Emílio Manhique serviu tinha sido um kuxakanema ou ensaio.

Uma das coisas que retive desta da BBC, foi quando um dos participantes de nacionalidade ganesa, se insurgiu contra um outro da coroa britânica que preconizava que se devia levar Mugabe ao julgamento em Haia, por crimes contra o povo zimbabweano.

O ganês chamou ao atenção o tal britânico, dizendo que se se fosse pelo gravidade dos crimes cometidos, os que deviam ser priorizados eram George Bush, dos EUA, e o seu amigo e fiel britânico Tony Blair, porque invadiram, sem justa causa, o Iraque na base de mentiras, e a mantêm ocupado, e a matar to seu povo só e só porque é contra essa sua ocupação. ´

´´Mas porque só levam para julgamento os lideres doutros países, e nunca os dos vossos próprios que, neste caso, também cometem crimes contra os povos, como o fizeram Bush e Blair, e ainda o fazem no Iraque´´, indagou aquele ganês, deixando o tal comentador inglês sem jeito, tendo este se limitado a dizer que ele tinha sido contra a invasão do Iraque, ao que o ganês replicou que agora devia exigir que fossem julgados, e não se limite a preconizar isso em relação a Mugabe.

Uma vez chegado aqui, julgo ter sido capaz de provar que há muita gente aqui no nosso país que tem a sua mente moldada pela propaganda ocidental, daí que se senta tanta repulsa contra Mugabe, por ter cometido quanto a mim, o pior crime de acabar com o monopólio das terras férteis pela minoria branca do seu pais, mas já não nutram nenhuma aversão e repulsa por Bush e Blair, que invadiram uma nação tão distante como o Iraque, para se apoderarem das suas imensas jazidas de petróleo.

gustavomavie@gmail.com


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terça-feira, novembro 25, 2008

A RENAMO PERDEU TODAS AUTARQUIAS

O meu pais eh baum !!!
>
> Eh facil NAO TRABALHAR e acusar o outro !
>
> - O lider da oposicao diz que perdeu porque " O
> Governo decretou tolerancia de ponto em TODO o pais,
> enquanto se votava em apenas 43 autarquias.
>
> Eh facil ESCONDER as suas fraquezas e incopetencias
> atirando a culpa aos outros !
>
> - A RENAMO expulsou Daviz Simango e, PERDEU em TODAS
> autarquias e, o seu lider diz que isso eh mau para a
> "democracia"
>
> Eh melhor parar aqui com os exemplos:
>
> COMO EH POSSIVEL reclamar uma goleada de 10-0 por causa de
> um livre quando ja estava 8-0 ???
>
> O QUE O LIDER estah a fazer para mudar o cenario politico
> deste pais ? ENTREGANDO claramente o poder TOTALITARIO a
> FRELIMO ? Dando-se constantemente TIROS AOS SEUS PROPRIOS
> PES ????
>
> Como ele justifica que o seu candidato escolhido pelas
> "bases" leva uma verdadeira CABAZADA no seu
> proprio reino ???
>
> Como ele justifica que o seu partido nao tenha MANTIDO uma
> unica autarquia por si ganha no passado ???
>
> CULPADO:
>
> FRAUDE
>
> - A MESMA que lhe custou a derrota em 94
> - Em 99 (fala-se de boca cheia que aqui podem ter razao
> mas, NADA fizeram para inverter nos pleitos seguintes)
> - Em 2003 nas segundas autarquicas ( nao participaram nas
> primeiras)
> - Em 2004 quando levaram uma pesada derrota
> - Hoje, em 2008 a cancao eh a mesma
>
>
> Amigos,
>
> Nao acham que Mocambique merece algo melhor que Dlakhama
> ???
>
> Nao acham que Homenes e Mulheres que se sacrificam todos os
> dias mereciam ouvir discursos mais coerentes do PAI DA
> DEMOCRACIA ??
>
> Mesmo sendo adepto da FRELIMO nao posso deixar de achar
> ESTRANHO que, num pais onde existem inumeros partidos
> politicos, haja um CLARO DOMINIO de apenas UM pois, os
> outros NADA FAZEM para melhorar a vida deste povo que tanto
> sofre para ter o melhor para si.
>
> Acho, inclusive que os discursos do PARTIDAO poderiam
> melhorar se houvesse um VERDADEIRO DESAFIO vindo de fora e
> que, com ideias mais coerentes ao inves de insultos,
> barulhos insurdecedores na casa magna do povo...
>
> Daqui a pouco vamos ter UM UNICO partido a ditar as Leis
> que, poderao fazer com que hajam lideres vitalicios ( nao
> vai surpreender que haja uma alteracao na constituicao para
> o Guebas ficar mais tempo no poder)
>
> MALTA...
>
>
> SOCORRO, ajudem o Lider, forcando-o a olhar-se no espelho e
> DEMITIR-SE para dar espaco aos outros com ideias frescas e,
> coerentes.

Obrigado
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sexta-feira, novembro 21, 2008

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2008 - ALEJADOS POLÍTICOS NA BEIRA (??)

Há dias  escrevia que haveria ALEJADOS POLITICOS na Beira em função
dos resultados eleitorais. E prontos confirmou-se, o "Miudo", como
lhe chamam estanhou os seus adversários. Na beira votou-se até a
madrugada (zero horas) e ai dos membros da mesa que quisessem
encerrar a votação, as BASES estavam lá para exercer seu direito. E
mesmo na altura da contagem a população ficou para vigiar e ter a
certeza que o seu candidato preferido não ia ser roubado. Os
adversários subestimaram o MIUDO e fingiram que não sabiam que os
Beirenses têm TOMATES POLÍTICOS no sentido metafórico do termo. A
posição do LIDRE e seus sequazes de afastar o Enginheiro teve um
efeito de triplicar as chances do "Miudo". Sei que houve um
adversário que até ficou mesmo DOENTE clinicamente pelos efeito dos
resultados.

Interessantes as reacções dos estanhados (Autarca de 20/11/2008):

1. Lourenço Bulha, mostrou – se inconformado com a contagem parcial
que vai dando vitória ao seu principal opositor, o independente
Daviz Simango. Afirmou que a votação de ontem na Cidade da Beira
teve algumas irregularidades, as quais estão ainda a ser analisadas
ao nível do seu partido para posterior encaminhamento aos órgãos
competentes. Afirmou que no fim do dia teve informações de que
eleitores foram transportados em massa por camiões para as
assembleias de voto.[TAMBÉM A PROMETER UM MANDATO DE MORTES, O QUE
ESPERAVA]


2. Manuel Pereirra, atenção: "DISSE TER SIDO SURPREENDIDO COM O
ANÚNCIO DA SUA CANDIDATURA PELO PARTIDO, O QUE NÃO PERMITIU-LHE
TEMPO SUFICIENTE PARA SE PREPARAR". [Ia para onde?]

3. Romão descreve o processo eleitoral como sendo bastante
DESGASTANTE. Ele qualificou a votação de ontem como tendo sido mais
por VINGANÇA dos autarcas beirenses em solidariedade ao jovem
Engenheiro Daviz sobretudo pela forma repentina como foi preterido
pela Renamo, culminando com a sua expulsão do partido.

É caso para dizer que se Moçambique fosse similar um pouquinho com
Beira, NATURAL não ia TREMER

Saudar efusivamente os Beirenses pelo ensinamento e por mostrar que
YES, WE CAN. Se não dançarmos da mesma forma não é porque o chão
está torto, somos nós.

Hahawonana
Fanhana

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terça-feira, novembro 11, 2008

Pertenço a um País, o País do Chiconhoca



De: "Betuel Canhanga"

Pertenço a um País, o País do Chiconhoca

A crença geral anterior era de que Samora não servia, bem como Chissano.Agora, dizemos que Guebuza não serve. E o que vier depois de Guebuza também não servirá para nada. Por isso, começo a suspeitar que o problema não está no DEIXA ANDAR de Chissano ou na farsa que é o NÃO DEIXA FAZER de Guebuza. O problema está em nós! Nós como povo! Nós como matéria-prima de um País! Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o Dólar. Um País onde ficar rico da noite para o dia é uma "virtude mais apreciada" do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um País onde, lamentavelmente, os Jornais jamais poderão ser vendidos como em outros Países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só Jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.


Pertenço ao País onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos... Pertenço a um País onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo ou da DSTV, onde se frauda a declaração de IRPS e IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um País onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os Directores das Empresas não valorizam o capital humano que tem antes pelo contrário os exploram. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do Governo por não limpar os esgotos. Onde as pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde os nossos Políticos trabalham dois mizeros dias por semana para aprovar Projectos e Leis que só servem para caçar mais os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns que jÌ sabemos quem são. Pertenço a um País onde as cartas de condução e as declarações e atestados Médicos podem ser "comprados", sem se fazer qualquer exame.

Um País onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no machimbombo, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um País no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um País onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos Governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Chissano e de Guebuza, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Samora é culpado, melhor sou eu como Moçambicano, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um Cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não! Não! Não! Já basta!

Como "matéria-prima" de um País, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso País precisa! Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE MOÇAMBICANA'"congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na Política, essa falta de qualidade humana, mais do que Samora, Chissano ou Guebuza, é que é real e honestamente ruim, porque todos
eles são Moçambicanos como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...


Fico triste! Porque, ainda que Guebuza fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada...Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Samora, nem serviu Chissano e nem serve Guebuza, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa! E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados! É muito bom ser Moçambicano. Mas quando essa Moçambicanidade começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os Santos , a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar!! Um novo governante com os mesmos Moçambicanos nada poderá fazer! Está muito claro... Somos nós que temos que mudar! Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso.


É a indústria da desculpa e da estupidez! Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir--lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. E Você, o que pensa?.... MEDITE! E TOME ATITUDE.

Texto oriignal de EDUARDO PRADO COELHO

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quarta-feira, agosto 27, 2008

Relatorio do CIP sobre Governação em Debate na Radio Indico 105.5 FM

Relatorio do CIP sobre Governação em Debate na Radio Indico 105.5 FM

Sabado dia 30/08/2008
Radio Índico 105.5 FM
Participe
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sexta-feira, agosto 08, 2008

Mutantes

De: "Benvinda Leonilde Rangel"
Data: Qui, 7 de Ago de 2008 7:45 pm
Assunto: RE: [mocambiqueonline] MUTANTES - POR FAVOR PAREM Rangel@bci.co.mz
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Benvinda Leonilde Rangel





- Moçambique

Telemóvel: +258 ---------

Telefone: Ext. ---

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http://www.bci.co.mz/






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From: mocambiqueonline@yahoogrupos.com.br [mailto:mocambiqueonline@yahoogrupos.com.br] On Behalf Of amandio mussagy
Sent: quarta-feira, 6 de Agosto de 2008 11:07
To: mocambiqueonline@yahoogrupos.com.br
Subject: Enc: [mocambiqueonline] MUTANTES - POR FAVOR PAREM



POR FAVOR PAREM.



Eu sou um dos jovens que poucas vezes entro nesse bate boca electronia, por razoes varias, mas nao quero com isso dizer que sou indiferente a varias questoes que aqui passam, alias tenho acompanhado frequentemente sempre que poder.



Mas me espanta bastante abrir o e-mail e constatar que jovens apenas se concentram em opinar em questoes que sabem de antemao que nada sera feito. quero com isso dizer que descordo plenamente com todos os jovens contrarios aos MUTANTES, por uma razao muito simples:



1. A MIRA MAR apenas esta lancar um produto para um publico alvo (cabe a cada um selecionar aquilo que e bom para o seu consumo e tenha bom apetite);





NB: Pensem na REVOLU^CAO VERDE e dexemos as televisoes fazerem o seu papel.



Mussagy, Amandio.



----- Mensagem encaminhada ----
De: Virgilio Andre
Para: mocambiqueonline@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 5 de Agosto de 2008 19:25:05
Assunto: Re: [mocambiqueonline] MUTANTES

Infelizmente encontro o debate já a meio ou fim mas é oseguinte; quero concordar com todos akeles que de certa forma criticam a passagem desta novela " OS MUTANTES" porque apesar de não ter filhos axo que na qualidade de educador espiritual ela influencia negativamente na sua formação ( educação ) pois, axo que ela é repleta de cenas violentas e imorais o que faz com k as crianças tenham um comportamento tambem a luz da novela que assistem de noite e durante dia agora pergunto, que mensagem a MIRA MAR quererá transmitir ao repetir tantas vezes a mesma novela sendo ela agressiva? caros amigos sabem, as vezes brinco dizendo: esta novela não será mais uma obra entre a Rede Record com a Empresa ou seja igreja Universal do Reuno do Deus? porque quanto mais crianças, adolescentes e jovens estiverem virados das ideias com comportamentos agressivos as maes todas desesperadas irão correr não para psicologos mas sim para a igreja universal para k o pastor salve os filhos...!



É verdade que a educação dos filhos depende dos pais e por isso eles é que devem fazer mais por eles portanto quero responder ao jovem que coloca toda a responsabilidade aos pais no que tanje ao assistir ou não desta ou akela novela o meu caro ou você é Burguês ou teve um (a) babá a todo momento e que repetia tudo o que seus pais diziam e controlava-te mas acontece que os pais trabalham e estão todo dia fora de casa pelo que não possivel acompanhar o que assistem durante o dia por que não são Burgueses! é verdade que a nossa comunicação social tem a sua responsabilidade nisto tudo pois não controla o que entra e sai nas nossas casas mas, a responsabilidade maior é das propias emissoras que devem saber avaliar po que é bom e não para asociedade e por aqui paro!













----- Original Message -----

From: nelia luisa francisco chinganda

To: mocambiqueonline@ yahoogrupos. com.br

Sent: Monday, August 04, 2008 2:38 PM

Subject: Re: [mocambiqueonline] MUTANTES



Alá, acredito que o orgao de comunicacao resolcverá pois eu mesma nao gosto de ver aquele tipo de filmes/novelas, se a mim faz-me mal emagimo as crianças! Aquilo é para pessoas corjosas e maiores de idade concordo quando diz que deveriam mudar o horário da novela pois quem quer ver um pograma que lhe interresa fica até a hora nobre. Abraço e passe bem. _,_._,___
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terça-feira, julho 22, 2008

Desafios da Juventude Moçambicana em debate na RADIO ÍNDICO 105.5FM

A Rádio Índico 105.5 FM, em Parceria com o MoçambiqueOnline realizam no próximo sábado dia 26 de Julho de 2008, pelas 13:00h no programa MOÇAMBICANDO um debate subordinado ao tema:
DESAFIOS DA JUVENTUDE MOÇAMBICANA (ASSOCIATIVISMO, CIDADANIA, LIDERANÇA E EMPRENDEDORISMO)
O debate terá como painelistas os Jovens Manuel Gamito e Jorge Matine, com direito a participação do público via linhas telefónicas !
Participe !!

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domingo, julho 06, 2008

Jovens têm que conquistar o seu espaço - Jorge Rebelo

Segue-se o extracto da entrevista concedida pelo semanário SAVANA à Jorge Rebelo, sobre a Juventude:

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AS FALAS DA VELHA RAPOSA


Jorge Rebelo
Entrevista conduzida por Ericínio Salema e Paola Rolletta

Os jovens têm alguma chance na actual liderança da Frelimo?

- Não diria se têm ou não. A meu ver, não há outra alternativa, senão os jovens assumirem o seu papel. O problema é que os jovens ficam à espera de ordens. Eles têm que conquistar o seu espaço, como fizeram os “jovens do 25 de Setembro”.

Está a dizer que a juventude moçambicana é preguiçosa?

- Não. Ela ainda não assumiu essa necessidade. Os jovens têm que envolver-se, têm que reclamar o direito que têm de participar da governação do país. Agora temos, por exemplo, a luta contra a pobreza, na qual os jovens têm que se envolver como fizeram os do “25 de Setembro”, visando a libertação do país. Em relação à corrupção, ela é de facto uma das grandes queixas dos jovens actualmente. Falo da corrupção generalizada, que é vista como impune. Então, os jovens, já que o sistema é assim, eles é que têm que se envolver, denunciando, reagindo, pautando-se por comportamentos de honestidade.

A que jovens se está a referir? Aos da Frelimo ou a todos os jovens moçambicanos, numa altura em que um general da Frelimo veio a público dizer que os jovens podem vender o país?

- Li isso e tentei interpretar. A interpretação que eu dou é esta: há jovens cuja única preocupação é darem satisfação aos seus interesses. E nós vemos que muitos jovens estudam, tiram cursos e a sua única preocupação é arranjar um emprego, que os remunere muito acima da média. Nesse processo, muitas vezes eles não olham a meios, daí envolverem-se em esquemas.

Não acha que os jovens fazem isso por causa dos exemplos que (não) têm?

- Essa é a questão. O exemplo é fundamental. Samora, por exemplo, dizia: “um dirigente pode fazer mil discursos sobre o mal que significa roubar bens do Estado, mas se ele roubar, ninguém lhe vai dar crédito”. O exemplo arrasta; as palavras talvez influenciem. Portanto, não há dúvidas de que os jovens têm, hoje, maus exemplos. Vêem muitos dirigentes, não todos, a enriquecerem sem olharem a meios. Então, isso passa a ser visto como uma coisa normal, aceitável. Sobre como mudar o exemplo, o nosso exemplo, teríamos que nos mudar a nós próprios, o que é mais difícil.

SAVANA – 04.07.2008

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Jovens ainda não estão prepardos - Antonio Hama Thai

Segue-se o excerto da entevista que o semanário Magazine Independente concedeu ao General António Hama Thai, onde faz referência à Juventude.
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JOVENS AINDA NÃO ESTÃO PREPARADOS


Antonio Hama Thai
Entrevista conduzida por Lourenço Jossias

Magazine Independente(MI):Em termos filosóficos não acha que já chegou o tempo de os antigos combatentes deixarem os jovens dirigirem os destinos do País ?

António Hama Thai (AHT): O problema não é tanto deixar porque nós, dese a luta de libertação nacional, nunca paramos de formar. Se está lembrado do centro 8 de Março. O Processo tem que ser dinâmico. Por exemplo, o Jossias (Editor do MI) é jornalista há 26 anos e não estou a ver se uma pessoa que sai hoje da Escola de Jornalismo pode conseguir fazer o que o Jossias faz hoje. Esse é que é o problema. Não é que o Jossias está a negar que possa ficar no seu lugar. É preciso estarmos sossegados de que os jovens já assumiram o legado patriótico.

Esta coisa de gestão não se dá, conquista-se e essa forma de conquistar é através de mérito, cmpetência e experiência. Se verificar no processo de eleições internas no Partido temos uma quota fixa para jovens, é por isso que encontramos jovens na Assembleia da República e no Comité Central do Partido. Quer dizer, na nossa estrutura interna há já um caminho aberto para os jovens, o que nós queremos é que os jovens assumam o legado. Se levo um jovem que está a sair da escola agora e o nomeamos director da escola do Partido Frelimo, como é que vai dirigir a escola, se calhar nunca leu os estatutos da Frelimo, nem conhece o Programa do Partido e dizem que é preciso entregar o País aos jovens. Que tal se eles venderem o País? É preciso ter cuidado com isto, porque é preciso ter a certeza de que ele já estácomprometido com a nossa causa. Porque veja o que acontece no País, sobretudo aqui em Maputo. Alguns jovens ocupam-se muito com situações que os desviam . Quando visitei a cadeia central da Machava senti-me escandalizado, porque 80 por cento da população reclusa era constituída por jovens, que não tinham 30 anos, e durante entrevistas, alguns diziam que foram parar ali porque esfaquearam por causa do telemóvel, outros diziam que mataram por causa de um carro... quer dizer, os jovens não estão a ter a visão de que é preciso trabalhar, não importa se é pesca de magumba, se produzir batata ou tomate. O fundamental é que têm que ter em mente que é preciso trabalhar para este País, não há forma de resolver os problemas, qualquer que seja, sem esforço e essa é a grande dificuldade.

Se der uma volta há-se ver que os jovens só pensam em fazer competição para acabar grades de cerveja, garrafas de whisky. Agora é a este jovem que querem que a gente entregue o País? Jovem que só estão preocupados com garrafa de whisky?

Queremos que os jovens assumam que a pátria custou caro, que construir uma pátria exige sacrifício, exige dedicação, coragem, espírito de entrega de entreajuda, unidade nacional, esses factores devem ser assumidos pela juventude.

Portanto, nós não estamos a negar dar oportunidade aos jovens. Nós fazemos tudo para enquadrá-los, para ele assumirem o valor da pátria, que custou caro a reaver a terra; por ela morreram companheiros, não estou a falar de um ou dois, de que a gente fale, de vez em quando. São muitos.

Quando me lembro dos bobardeamentos que eram feitos nas zonas libertadas, morreu muita gente para conseguirmos esta independência. Então, estes graus de Partiotismo não podem ser dispersados e volto a sublinhar: os jovens são necessários e indispensáveis ao processo, mas devem desdenhar, devem repugnar-lhes todos estes actos de alcoolismo, de droga, de crime. Não podem alinhar com este tipo de situações, porque não vão conseguir ficar com o País nestas condições. Eu gosto de ver Jovens com responsabilidade, pelo menos, moral, prque se não tem essa responsabilidade moral, nós vamos morrer, porque somos personagens e as personagens passam, mas o Estado não passa.

O Presidente Samora dizia que o Povo nunca morre, o que morre são as pessoas e isso é verdade, desde 1498 que os Portugueses chegaram a Moçambique até agora estamos aqui. Podemos não ser exactamente os mesmos que eles encontraram em 1498, mas estamos aqui. Então o poblema dos jovens não é a Frelimo, nós estamos abertos e queremos os jovens, mas é necessáio que ele façam esforço para contribuir para o País que temos. É preciso fazer sacrifícios, renunciar a certas coisas, não se pode fazer sacrifício no ar condicionado, como os jovens querem, não se pode fazer sacrifício com AKM, à procura de uma viatura para assaltar.

Fonte: MAGAZINE INDEPENDENTE 25/06/2008

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segunda-feira, maio 12, 2008

Biocombustíveis: texto interessante

Manos
li aqui no forum mozonline alguns debates interessantes sobre "os bio-combustíveis", não pude dar o meu palpite, estou em viagem e continuo com acesso restrito a internet. mas li uma apresentação do governador nigeriano do Rivers State, mas conhecida como a região do Niger delta, famosa pelos contornos da pobreza e da sua riqueza (o petróleo). o artigo do governador Chibuike Rotimi Amaechi, não toca precisamente a questão dos bio-combustíveis, mas mostra alguns pré-requisitos para uma discussão sobre:
1) que razões levam os nossos governantes e nossos países a “acomodarem-se” no papel de "fellow travellers" em relação a varias questoes de desenvolvimento.
Mas é preciso não perder de vista , durante a leitura do artigo, que Chibuike Amaechi é um político que fazendo uso das posições "imperfeitas" de alguns conceitos que alimentam o dicionário da indústria do desenvolvimento e neo-liberal tenta contrapor introduzindo realidades econômicas sem recorrer a exageros emocionais de que tanto estamos habituados. Em jeito de conclusão (indignação para o governador) o artigo mostra que as relações econômicas desiguais e impostas no mundo São um grande incentivo para a relutancia dos africanos em aceitar a democracia, os africanos votam para governos que não tem controlo nenhum sobre o futuro dos seus paises ( seria o mesmo que as reservas do nosso banco central fôssemos depositar no banco central da Somália).
2) seria inteligente se os nossos governantes discutissem mais sobre o acesso ao mercado global e o fim do protecionismo europeu e americano por forma a garantir a longo prazo o sucesso da agro indústria africana, e porque não da indústria do "bio-combustível".
o açúcar , o trigo, e o feijão mocambicano não podem "entrar" no mercado europeu (as taxas São proibitivas e os subsidios protecionistas), mas sim o etanol, mas quem garante que o etanol vai ser a nossa porta de entrada para o mercado europeu? que garantias a europa e a América dão para a compra do bio-combustível africano?. mas aqui este artigo do governador nigeriano não pretende dar respostas a isso, mostra a importância das perguntas. “Se” com esta questão dos bio-combustíveis não estamos perante o "business as usual" onde os outros já dicidiram la no norte e nos aqui no sul só resta-nos fazer o second argument. A europa já resolveu grande parte da sua questão energética há muito tempo ( a Rússia com o putin foi a solução para isso). mocambique precisa entrar na corrida para a produção de bio-combustíveis mas deve ter cuidado com a ilusão "for growth" para a redução da pobreza. porque a china e Índia devido ao seu poder econômico e político já produzem também o "first argument", para continuarem com o crescimento que estao a ter precisam da africa, na forma mais bruta como fizeram os europeus desde o seculo 15, o caminho ja nao é para as indias, é para africa.
3) no nosso caso parece que já estamos a ser vitimas do "capital especulativo", os que já tem licenças para comecarem a produzir os famosos "bio-combustíveis" escolheram as terras mais "ricas" a preço de banana, não tem know-how e muito menos capital, então o que interessa parece ser vender a licença para terceiros (aqueles com capital e know how) e fazer um galharda de dinheiro).
o mesmo aconteceu com as privatizacoes nos famosos anos da reestruturação econômica, onde as empresas foram "assaltadas" por especuladores sem conhecimento e capital para a revitaliza-las.
4) a experiência da Índia e outros países da Ásia,mostra que a revolução verde faz uso excessivo de pesticidas e sementes geneticamente modificadas, e hoje fala-se do cansaço da terra devido ao seu uso intensivo e "industrial", de graves problemas de saúde afecta os trabalhadores agrícolas e a contaminação dos rios, a longo prazo vamos assistir uma catástrofe ambiental aliada a fome.
E a nossa revolução verde com este andar vai estar de mãos dadas com a produção dos bio-combustíveis? e ninguém hoje consegue dizer como será feito este casamento sem por em causa o meio ambiente e a segurança alimentar, e nem como queremos proteger o uso indiscriminado deste recurso precioso que é a terra (e não venham com esta estória de que mocambique tem terra bastante, porque com a floresta foi o mesmo discurso em mocambique, costa de marfim, Nicarágua, e hoje estamos a perguntar como foi possível?).
5) as manifestações contra o custo de vida nas capitais africanas e não só, mostram a fragilidade que os mercados africanos tem perante o capital especulativo, mostra também que se o preço do petroleo sobe, o preço de produtos básicos e de pesticidas também vai subir, o que devia ser normal,
mas é preciso saber que o "capital" funciona na base de lucro imediato enquanto que a terra precisa de tempo. alguns analistas da praça escreveram que a crise americana ( a fraqueza do "dólar") não vai tocar o nosso mercado, eu acho que falharam na analise, não sou economista, mas a experiência como o "capital especulativo" funciona bem em maputo (o exemplo mais interessante tem sido preço do arrendamento de casas) e a característica da nossa classe empresarial, mostra como enganaram-se.
6) não estou a ser negativista como dizem os outros. quem "virou" negativista foi o mundo: as cidades africanas cresceram, mais gente com idade produtiva emigra para as cidades e vive no meio urbano que nao oferece emprego a todos. o campo ficou para os mais “velhos” que não tem energia e conhecimento para "lidar" com a zanga da natureza: cheias, secas, erosão, a exploração desenfreada da madeira, e os famosos conflitos de terra entre o pequeno camponês e a agro-indústria/bio-combustíveis (aqui perto na manhica,magude, matutuine e xinavane um bom laboratório para ver isso). as mudanças climáticas mostram que o continente africano e a zona sul de Ásia vão perder 20% de produção agrícola devido a mudanças climáticas nos próximo tempos.
7) agora é preciso saber que a fome sempre existiu desde a civilização humana, hoje com o avanço tecnológico e a riqueza “deste adorado mundo moderno” torna-se inaceitável ver a fome como uma coisa "natural e moderna", o mundo nunca conseguiu produzir comida para toda gente e com este ritmo de crescimento populacional torna-se mais difícil falar do fim da fome tão já. Mocambique já fez muito, há 15 anos atrás mocambicanos andavam vestidos de trapos e morrendo de fome, mesmo a 250 km de maputo. seria bom, se eu conseguisse convencer alguns mocambicanos de que o nosso pais precisa é de acabar com a fome em mocambique e não acabar com a fome do mundo, porque para isso teríamos que vender todo o mocambique.
8) alguns dizem que devido as manifestações provocadas pelos chapas (o aumento constante do preço do combustível), estamos perante uma crise energética numa dimensão mocambicana, pode ser verdade. o governo já tinha começado bem com a questão de cahora bassa, o gás de pande e a refinaria em nacala, agora com esta de bio-combustíveis como fazendo parte da estratégia para a criação da reserva energética parece-me muito problemática, pelo menos para leigos como eu.

la famba bicha
Jorge Matine

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quarta-feira, maio 07, 2008

BIOCOMBUSTIVEIS E CRISE ALIMENTAR MUNDIAL EM DEBATE 105.5FM SABADO 13:00H

Este sábado pelas 13:00h na Rádio Índico 105.5 FM em debate no Programa MOÇAMBICANDO: - Biocombustíveis e Crise Alimentar Mundial - Repercursões em Moçambique.

Participe !!

UMA PARCERIA: RADIO ÍNDICO 105.5FM & MOÇAMBIQUE ONLINE

mocambicando@gmail.com
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quarta-feira, abril 30, 2008

QUO VADIS MOÇAMBIQUE ?A IGNORÂNCIA É A CAUSA DE TODOS OS MALES, INCLUINDO DA INVEJA!

Parte 1

Jornal Autarca e ZOL
Dialogando (1/2)
João Craveirinha

QUO VADIS MOÇAMBIQUE?
A IGNORÂNCIA É A CAUSA DE TODOS OS MALES, INCLUINDO DA INVEJA!

"A memória do passado é o que sobrevive quando esquecemos o que aprendemos no presente. O futuro será sempre uma incógnita por mais que o planifiquemos". João Craveirinha

A IGNORÂNCIA É A CAUSA DE TODOS OS MALES fruto de todas as incapacidades de raciocínio pois atrofia a capacidade individual de pensar e de activar as partes cognitivas do cérebro - quer as do lóbulo do hemisfério esquerdo (emoção) quer do direito (razão) – inércia, impedindo assim, qualquer forma de desenvolvimento intelectual por mais que se frequentem universidades com bolsas de estudo de critérios paternalistas pós-coloniais em que se poderá obter uma licenciatura por opções directivas de uma política euro-centrista. Género do que se criticava da antiga Universidade soviética Patrice Lumumba. Os da terra chumbam os do chamado terceiro mundo se regressarem ao país de origem, passam sempre, mesmo sem créditos de mérito confirmados. Isso numa forma de não exigir a necessária qualidade qualificativa do discente. Esse quadro visaria manter os africanos num desnível cultural – profissional para uma dependência da importação dos ditos cooperantes vindos do ultramar euro-americano.

Em (Neuro) Linguística e em Cultural Studies e Sociologia cultural, et cetera, aprende-se e se apreende que a LÍNGUA é o factor de comunicação e de linguagem número um e exclusiva da raça humana que nos possibilita desenvolver uma aprendizagem evolutiva mais rápida e aperfeiçoada que qualquer outro animal. Ora a base de toda a inteligência é a memória recorrente do que já passou, se arquivou. A Língua provém de um G.U., – gramática universal hereditária, desde a pré-história, que nos permite acessar ao conhecimento através dessa memória. (Para mais, ver B. Skinner, Noam Chomsky, MIT, 1958 e Saussure 1916, et cetera).

O factor número um que a Europa manteve a ignorância do africano é ter apagado essa MEMÓRIA colectiva – isto é o seu passado – a sua HISTÓRIA pré-colonial antes das invasões árabes - muçulmanas e a dos europeus cristãos. A União Africana está preocupada com a ignorância dos jovens africanos perante a sua história pois isso os mantém num permanente AFRO-PESSIMISMO. A África do Sul e a Nigéria estão na linha da frente de campanhas de reverter esse fenómeno agravado pela globalização. Essas campanhas visam minimizar os aspectos que desvirtuam o carácter de uma política para um Desenvolvimento auto-sustentado, tornando-se necessário consciencializar politicamente o africano, sobretudo os jovens quadros, a se orgulharem do seu passado. Mas para isso é necessário saberem de onde vieram para poderem saber para onde vão. Sem passado não há presente e muito menos futuro.

A União Europeia tem uma componente ideológica de coesão assente na cultura de um cristianismo (herança medieval) e de uma História da antiguidade clássica grega e romana firmada séculos antes de Cristo, reassumida numa era chamada de Renascentista entre os séculos XIV a XVI projectada num Iluminismo da consolidação da escravatura e do capitalismo mercantilista ao colonialismo puro e duro até quase ao final do século XX. No século XVII (1600) a partir do pensamento religioso de um calvinismo do lucro, a América tornar-se-ia realidade à custa do genocídio dos nativos americanos e com a mão-de-obra forçada do negro africano arrancado brutalmente de África pelos europeus, com maior quota do tráfico protagonizada por portugueses e espanhóis. (Toda a Europa, sem excepção, participou nesse processo histórico).

As dissimetrias étnicas dos E.U.A e conflitos sociais actuais, são consequência desse passado trágico, euro-africano. Observe-se com o máximo de isenção e sabedoria o que se passa nas eleições primárias norte-americanas entre Hillary Clinton versus Barack Obama (Demos) e John McCain (Rep.). Todos os fantasmas do passado estão em destaque nos debates implícitos e des-plícitos de ismos mal assumidos, sobretudo pela dinastia Clinton e McCain, encurralando Obama que tenta evitar cair nesse campo minado.

Parte 2

Jornal Autarca e ZOL
Dialogando (2/2)
João Craveirinha

QUO VADIS MOÇAMBIQUE?
SOMOS SEMPRE REFLEXOS
DO NOSSO PASSADO,
PORQUE NUNCA NASCEMOS HOJE!

"A memória do passado é o que sobrevive quando esquecemos o que aprendemos no presente. O futuro será sempre uma incógnita por mais que o planifiquemos". João Craveirinha

O QUE SOMOS HOJE É REFLEXO DO QUE FOMOS EDUCADOS ONTEM E O QUE PROJECTARMOS PARA AMANHÃ. E tudo tem a ver como lidamos com a memória colectiva; leia-se História. Mas aí está o problema se não sabemos a nossa história como o poderemos fazer? Se negamos quem somos como seguir em frente? Não haverá ideias para além da cegueira do dinheiro pelo dinheiro. Ora isso é tudo menos projectar ideias para um desenvolvimento social e económico saudável.

Muitos projectos de desenvolvimento para África (neste caso Moçambique) têm enfermado de um pressuposto de não beneficiar devidamente as suas populações, mas de desenvolver elites egoístas e corruptas, boçais (ainda que vestindo roupas de marca e automóveis de luxo), sendo absorvedoras do que há de mais ultrapassado nos aspectos culturais do marketing do consumismo e ostentação do luxo na miséria e na maneira de pensar a vida – a way of life – frase do antropólogo social neozelandês, Raymond Firth (1901-2002). Retomada pela "Escola de Frankfurt" – 1923/1950, numa definição do que é Cultura dentro de um ponto de vista de "teoria crítica da sociedade". (Ver T. Adorno, W. Benjamim e M. Horkheimer)

É um pouco como antes escrevera o grande poeta português, Guerra Junqueiro, há cerca de 112 anos (1896). Mas neste caso, leiam como se fosse hoje, e, em Moçambique o fomento de: "(...) Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavra, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros (fingidos) e sevandijas (parasitas – xiconhocas), capazes de toda a veniaga (vigarices) e toda a infâmia (boatos), da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política (moçambicana) sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis… (na cadeia da Machava, pois)… "Se o Nazareno, entre ladrões, fosse hoje crucificado em… (Moçambique), ao terceiro dia, em vez do Justo, ressuscitariam os bandidos. Ao terceiro dia? Que digo eu! Em 24 horas andavam na rua, sãos como peros, (…)."
(com a devia vénia pela paráfrase a Guerra Junqueiro)

O cientista francês, Antoine-Laurent Lavoisier (1743-1794) afirmou: "Na natureza nada se cria tudo se transforma". Como na vida e na história dos Países. Todas as épocas são transformações de épocas passadas. É preciso estar atento e ver com olhos de pensar e deixar de ser invejoso quando outro africano tem alguma preocupação na área de desenvolver com educação um debate: (ou alguém invejoso que faz como o camaleão e se infiltra para fazer confusão assumindo uma identidade de negro baNto sem o ser). Bem, na questão do complexo colonial do negro, eis o que escreveu em 1935, Nnamdi Azikiwe, 1904 / 1996 (filósofo nigeriano e 1º Presidente da Nigéria): -
"The black man enemy is the black man. The black woman is the black woman enemy". (…"ele que se encontra no último degrau da escada social se indigna quando outro africano (negro) quer sair da pobreza e se esforça nos estudos e na vontade de se superar…aí outro negro seu vizinho, que sofre de afro-pessimismo, desmoraliza-o, faz de tudo, para o impedir de subir na vida"…é mais ou menos este o sentido retirado do livro Renascent Africa, by Nnamdi Azikiwe). Em muitos locais isto é evidente. Até aqui entre os leitores. Só o conhecimento da nossa memória colectiva nos poderá fazer sair deste círculo vicioso. É essa uma das razões do maior atraso dos africanos que foram colonizados pelos portugueses numa afro-Lusofonia entorpecente. Esse afro-pessimismo complexado, do próprio negro, numa falta de auto-estima lúcida e consciente com bases, impede-o de enfrentar qualquer discurso desmoralizador racista do branco, acabando de concordar com o que o deita abaixo a si e a todos seus iguais. É o tal dito molequismo. Daí a inveja a seu próprio patrício negro ou negra, é a mesma passada. Atenção não da dança. Eeheheh (risos). Melhor mesmo rir para não chorar neste século XXI, do avanço tecnológico mas de retrocesso das ideias numa globalização com declínio de soberanias nacionais, que poderíamos resumir em três aspectos fundamentais, de uma Aldeia Global preconizada pelo canadense Marshall McLuhan: 1. Económico (global business). 2. Transportes e comunicações, 3. Cultural: base de todas as ideologias dominantes assentes na manipulação da História.

Economia mundial (Weltwirtschaft), economia global sobrepondo-se a uma Economia política massificada a nível nacional – popular, no sentido administrativo de gestão (Volkswirtschaft).
Comunicação (Transportes e "auto-estradas da informação" – satélites; encurtando distâncias).
Indústrias da Cultura (propagação de novas ideologias do "main stream" assentes em máquinas de consumismo desenfreado e vertiginoso do promoção do marketing numa atitude crítica passiva do consumidor apoiada na Rádio, Cinema, Televisão e a Internet (I-pod) criando ainda comunidades das novas tecnologias).
A única forma de superarmos o subdesenvolvimento material e do espírito é desenvolver a capacidade do acto de PENSAR o País, com bases científicas e fundamentadas. O resto não importa. Enquanto a caravana passa os cães ladram e as quizumbas dão gargalhadas de estupidez. JC

Anexo – Conceitos científicos
n Global village- Glossary - practices of looking, página 356
n Globalization - idem página 356

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quarta-feira, abril 23, 2008

Salario Minimo e Mercado de Trabalho em Debate sábado 105.5 FM

No Próximo sábado, dia 26 de Abril pelas 13:15h na Rádio Índico 105.5 FM em Debate "A Negociação do Salário Mínimo em Moçambique"

Participe, envie os seus comentarios sobre o tema para mocambicando@gmail.com

Radio Índico 105.5FM


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sexta-feira, abril 11, 2008

MUGABE É APENAS UM DOS BONS ALUNOS DA POLÍTICA OCIDENTAL

MUGABE É APENAS UM DOS BONS ALUNOS DA POLÍTICA OCIDENTAL


Por Gustavo Mavie


Se o desfecho que o governo de Robert Mugabe vier a dar ao enigma das eleições realizadas no seu país a 29 de Março último for, definitivamente, o de renegá-las mesmo que se venha provar que as perdeu, como tudo indica ser essa a sua intenção, não há duvida que será apenas mais um político que se irá impor contra a vontade da maioria, expressa na boca das urnas, com a diferença de que, desta vez, quem estará por detrás dessa rejeição, não desfruta da bênção e muito menos do apoio e da protecção das poderosas nações ocidentais.
Com efeito, e para o benefício dos que não sabem ou têm memória curta, já antes deste caso, houve outros povos que viram as suas vontades anuladas, como foi o caso da vitória da Frente Islâmica, na Argélia, que tinha sido a preferência do povo daquele pais numa das eleições realizadas na década passada naquele país, mas que o governo argelino dessa altura preferiu ir à guerra com aquele partido islamista, que defende o fundamentalismo. Há que recordar que para tomar essa decisão de anular e considerar nula e sem efeito essa vontade da maioria dos argelinos, o mesmo governo argelino teve a bênção e o apoio camuflado das mesmas nações ocidentais, que viram nisso como correcto, dado que para eles, todos os fundamentalistas são uma espécie de células ou agências activas dos terroristas de bin Laden.
Do rol de eleições anuladas ou melhor, asfixiadas, e cujos vencedores se viram hostilizados e combatidos por todo o tipo de armas pelas nações ocidentais, afigura-se, em ponto grande, a vitória do Hamas na Palestina como o caso mais gritante, e que a menos que a memória nos falhe, não há paralelismo na historia da humanidade.
Como nós todos nos recordamos, após a vitória do Hamas, os mesmos países ocidentais que tanto se arvoram de campeões da democracia, seus defensores e promotores acérrimos, como se pode ver agora no Iraque - onde os EUA e o punhado de seus aliados têm estado a matar impiedosamente todos os que se opõem à sua democracia - aplicaram sanções àquela formação política palestiniana para inviabilizar a sua governação. E inviabilizaram mesmo porque como dizia Mandela durante a primeira Cimeira Social realizada no ano de 1995 em Estocolmo, está mais do que provado que não se pode ser bom governante, ou ter-se uma democracia em bom estado de saúde, quando se tem um povo sem nada para comer e hospitais sem medicamentos. Como sabemos, os EUA aplicaram ao Hamas sanções selectivas, especialmente de raiz financeira mas que nem com isso deixaram de afectar o povo palestino, tal como o fazem agora à ZANU-FP e aos seus líderes, porque para eles, aquela formação política palestiniana é um bando de extremistas e terroristas que ameaça a civilização ocidental, não obstante tenha sido democraticamente eleita pelo seu povo. Com essas sanções, os EUA e os seus aliados quiseram dizer com elas que não estavam de acordo com a sua opção em termos do partido que deve dirigir os seus destinos.
Quer dizer, para eles, é legítimo e justificado a todas as luzes negar as opções políticas dos povos, proclamadas através da votação nas urnas, mas já negam esse direito aos outros, como está acontecendo agora com Mugabe.
Bem vista a coisa, deviam entender que tal como eles, os outros governos os seus próprios inimigos, que portanto não os pode reconhecer de forma alguma o direito de desfrutar do poder, ou de os substituir na liderança do seu país. Ora, se os EUA e todos os seus aliados não aceitaram que a Frente Islâmica ou, já agora, o Hamas, governasse, como era a vontade da maioria dos argelinos e palestinianos, porque é que Mugabe não pode negar dar o poder ao MDC e a Morgan Tchvangirai, em função da animosidade que nutre deles ou do que ele acha que são, que é que são uma criação dos inimigos do Zimbabwe, tanto mais que nunca escondeu. E não valerá de nada tentar questionar o método que um certo governo usa para definir os seus inimigos, porque, como Mandela disse uma vez, os inimigos de uns, podem ser amigos de outros e vice-versa, daí que ele tenha se recusado aceitar os apelos de certos países ocidentais que queriam que ele se abdicasse da sua amizade com certos líderes que neste caso o Ocidente não os quer ver mesmo que estejam pintados a ouro, como o Coronel Khadafy e Fidel Castro, como era a vontade de certos países ocidentais. É que esta coisa de se ser amigo ou inimigo deste ou daquele é complicado. Por exemplo, durante as lutas pelas independências aqui na África Austral, o Ocidente alinhou com os regimes colonialistas e racistas, indo ao ponto de os fornecer as armas com que combatiam os movimentos de libertação, porque os via como agentes do terrorismo e da expansão do comunismo internacional.
Ora, vai daí que, do mesmo modo que para o Ocidente foi um erro que argelinos e palestinianos tenham votado pela Frente Islâmica ou Hamas, também Mugabe pode estar a considerar que os seus compatriotas se enganaram e votaram no MDC. Tanto mais que nem sempre a maioria tem razão. É só ver como é que o povo da Guiné-Bissau elegeu um Kumba Yalá. Ou será que tais países ocidentais não dão validade à célebre frase da então Primeira-Ministra britânica, Margareth Thatcher, de que nem sempre o que tem o apoio da maioria é correcto? É preciso ver que uma das provas de que ela tinha e tem razão, é que mesmo Hitler que foi eleito democraticamente, ele desencadeou a pior guerra mundial de que já se registou na face da Terra. E porque é que tem que ser Mugabe a respeitar religiosamente a vontade da maioria do seu povo, se os EUA e todo o Ocidente não respeitaram a vontade dos palestinos.
Se os EUA não aprovaram a vontade dos palestinianos, porque entendem que o Hamas é uma organização terrorista, caso Mugabe venha a negar de vez entregar o poder ao MDC, ou partilhá-lo com este movimento, deviam aceitar essa sua opção, porque para ele também o MDC e o seu líder não são uma oposição legítima, mas sim, uma criação e prolongamento do imperialismo, como bem o vinca ele numa entrevista que deu ao NewAfrican, e que foi publicado na sua edição de Maio do ano passado.
Para ele, é esse imperialismo que tem imposto ao seu país sanções económicas veladas, que acabaram provocando o descontentamento da população, com a intenção de levá-la a votar na oposição como parece ser o caso agora. De resto, ele pode ter razão, já que todo o mundo sabe que regra geral, o propósito das sanções é provocar o descontentamento no seio das populações, para que durante as eleições vote contra o governo do dia, para que possa derrubar, sem que se recorra à força das armas.
Dito doutro modo, as sanções são a arma preferida do Ocidente para derrubar um regime que eles não gostam e que se sujeita a eleições periódicas, como é o caso do Mugabe. Onde não há eleições, este tipo armas não costuma ser bem sucedida, dai que se recorra à força das armas, como foi o caso do Iraque onde as sanções não surtiram o desfecho que se esperava, que era derrubar Saddam Hussein para se ter o petróleo que ele não deixava ser explorado ao preço da banana. Como se viu que as sanções não resultavam, forjou-se um facto e acusou-se lhe de ter armas de destruição massiva, e se lhe derrubou com a força das armas. Para não correrem o risco dele voltar um dia ao poder, executaram-no, mesmo depois de se provar que não tinha armas nenhumas e muito menos ligações com a Al Qaeda.


NEGAR O DIREITO E OPÇÕES DOS POVOS É UMA VELHA PRÁTICA DO OCIDENTE


Na verdade, o terem negado reconhecer a opção pelo Hamas da maioria dos palestinianos ou da Frente Islâmica pelos argelinos foi uma continuação da sua velha prática do Ocidente de se opor a tudo o que não serve os seus interesses. Já antes, as nações ocidentais mostraram-se contra a luta que os então povos colonizados travavam contra os países que os colonizavam, como foi o caso de nós moçambicanos.
Por exemplo, quando o povo sul-africano lutava contra o apartheid, e o seu líder carismático Nelson Mandela minguava na cadeia, os países ocidentais forneciam armas àquele regime, alegando que o faziam porque estava lutando contra a expansão do comunismo internacional.
Aliás, o mesmo Mandela viria, após sair da cadeia, elogiar Cuba num discurso que pronunciou quando da visita de Fidel à Africa do Sul, castigando na altura todos os que insistiam que ele renegasse a amizade que mantinha com o líder cubano e o seu país da seguinte maneira: muitas pessoas, muitos países, incluindo muitos poderosos, têm nos instado a condenar a supressão dos direitos humanos em Cuba. A todos temos recordado que têm uma memória curta. Isto porque quando batalhávamos contra o apartheid, contra na opressão racista, os mesmos países apoiavam o regime do apartheid – um regime que apenas representava 14 por cento da população, enquanto a maioria do povo do país não tinha nenhum direito. Eles apoiaram o regime do apartheid. E nós acabamos combatendo com sucesso o regime com o apoio de Cuba e outras forças progressistas, disse Mandela em tom sereno e naquela sua voz vibrante, antes de vincar que agora eles querem que sejamos apenas seus amigos, indo ao ponto de se darem ao luxo de nos instar a renunciarmos aqueles povos que nos ajudaram a fazer da nossa vitória possível.
Tal como o dizia nesse discurso Mandela, é curioso notar que os mesmos países ocidentais que hoje fazem barulho para que Mugabe aceite a derrota tangencial neste caso que parece ter sofrido, não param também de lançar criticas aos restantes países da região, acusando-os de nada fazer para forçar o líder zimbabweano a ceder o poder.
O que eles querem, é que os líderes da região renunciem a amizade que têm com o Mugabe que com eles marcharam nas mesmas fileiras no tal tempo em que os povos da região era tratados como bestas para carga, e por isso mesmo lutavam pelas suas independências ou pela erradicação dos regimes racistas. Não aceitam que os outros tenham os seus amigos e aliados, tal como eles os têm e nunca os abandonam em momento algum, como sabem defendê-los a todo o custo, como o têm feito em relação a Israel, não obstante esteja a ocupar há mais de 60 anos as terras palestinas, e esteja a matar todos os que são contra essa ocupação, tal como os EUA têm estado a matar todos os iraquianos que são contra a ocupação do seu país.
Como bem o diz Mugabe, os ocidentais pecam por negar aos outros povos, o que eles mesmo fazem, como quando eles teimam em manter os arsenais nucleares, mas já não aceitem que outros países as tenham também.
Como já disse num dos artigos, esta atitude do Ocidente de negar aos outros o que eles fazem e praticam com a maior das naturalidades, leva-me a compará-los àqueles mulherengos que não toleram que as suas esposas tenham também amantes. Eles podem se opor à vitória do Hamas, como à eleição de um Allende que acabaram apoiando a sua morte trágica pelo regime de Pinochet em 1973, para não implantar o comunismo no Chile, mas já Mugabe não pode se opor a ascenção ao poder de um partido que, para ele, ´´não é mais do que uma criação de Tony Blair e do seu aliado George Bush´´, para que seja alternativa aos seu governo, de modo a que promova no Zimbabwe os interesses da Grã-Bretanha e dos EUA.

PARA MUGABE O SEU PAÍS ESTÁ EM PÉ DE GUERRA CONTRA O OCIDENTE

O que poderá levar Mugabe a fincar os pés, e a optar por não ceder o poder que ainda detém, é que ele entende que o seu país está sendo alvo de duas guerras que visam derrubá-lo a si e ao se governo – que é a guerra económica, que se traduz em sanções do tipo bloqueio como se tem imposto a Cuba, e que, como se sabe, provoca a carência de quase tudo, e a guerra psicológica, que visa moldar um pensamento anti-Mugabe na mente dos zimbabweanos, para que pensem em função da perspectiva que o Ocidente quer que pensem.
Lendo o que Mugabe tem dito, tudo indica que ele acredita que o momento em que o país vive não permite que todos os zimbabweanos pensem e analisem tudo o que se está passando de modo lógico e correcto, daí que ele poderá preferir anular o resultado eleitoral, uma vez que parece estar convencido que se está em presença da tal maioria que não está correcta.
Aliás, pouco antes das eleições de 29 Março último, Mugabe já havia deixado claro que nunca iria entregar o poder à oposição, porque, para ele, esta mesma oposição foi criada de fora para agir como Pôncios Pilatos.
Ora, se para Mugabe tudo se resume numa guerra económica e psicológica, o mundo deve estar preparado a vê-lo lutar até ao fim, porque como se diz, os homens se tornam mais obstinadas e teimosas à medida que a sua idade avança. E Mugabe conta agora com a respeitada idade de 84 anos, o que certamente lhe permitiu ver tanta coisa boa e, acima de tudo, ruim, porque, infelizmente, é o que mais abunda no mundo, incluindo o insólito ocorrido nos EUA, em que Bush teve menos voto popular, mas que se apoderou do poder na sua primeira eleição, quando a maioria dos americanos havia optado por Al Gore. São estas e outras coisas que deverão levar o velho Mugabe a dizer no seu apurado inglês frases como esta: if Mr Bush did assume the presidency withouth having been voted for by the majority of his people, why should I not do the same as well, o que, em português, significa que ´´se o senhor Bush assumiu a presidência sem ter sido votado pela maioria do seu povo, porque é que eu não posso fazer o mesmo!Esta é a questão que se deve tomar em consideração pelos que acham que Mugabe deve entregar o poder ou reconhecer a derrota. Não é coisa fácil para ninguém, incluindo para os que se arvoram de pais da democracia. Que o diga Kibak e Bush que tiveram de dar o pontapé ao voto popular… Para mim, Mugabe é apenas um bom aluno do Ocidente. Para tal, basta ver como ele assimilou a língua inglesa.
gustavomavie@gmail.com
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quinta-feira, abril 10, 2008

Ambiente Juridico-Legal em Moçambique em Debate 105.5FM

Ambiente juridico-legal em Moçambique, que constrangimentos e desafios?

Este é o tema em debate no Próximo Sábado, dia 12 de Abril de 2008, pelas 13:15h na Rádio Índico 105.5 FM. Contamos com os seus comentários em relação ao tema.

Sintonize 105.5 FM
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quarta-feira, abril 09, 2008

Economistas dos CPLP: Integração Regional em Debate

Os Economistas dos Países de Lingua Portuguesa estão reunidos desde hoje em Maputo para em torno da integração regional, debater temas de interesse para a classe dos economistas destes países sobre os desafios desta nova ordem internacional.
Pese embora a integração regional para Moçambique leve-nos mais a uma integração na comunidade da Commonwealth por força geográfica e das relações que Moçambique tem com os Paízes fronteiriços, o factor lusofonia pode levar-nos àquilo que disse a Economista Miquelina Menezes, Presidente da AMECON na cerimonia de abertura do encontro, que a reunião representa uma troca de experiência destes países sobre os seus processos de integração económica regional.
Na ocasião tive a oportunidade de acompanhar atentamente o Ministro da Indústria e Comercio, António Fernando, que fez uma apresentação sobre a integração regional e o seu impacto em Moçambique, tendo apontado vários aspectos dos quais pude reter o papel dos corredores de Desenvolvimento de Maputo, Beira e Nampula para a economia nacional e a sua ligação com a economia da região e também a construção da Estrada Maputo-Witbank que reduziu as distancia e assim os custos de transacções entre Moçambique e a Vizinha África do Sul.
Apesar destas vantagens dos corredores de desenvolvimento que já existem, sou de opinião que o grande desafio para o futuro é a existência de um corredor de desenvolvimento Nacional em Moçambique, um corredor de desenvolvimento Norte-Sul ou vice versa. Os actuais corredores garatem uma forte ligação da economia Nacional com os Países vizinhos, garantem a entrada e saída de milhares de insumos dos países do interior usando os portos, caminhos de ferro e estradas nacionais, mas é importante que Moçambique tenha uma Linha que permita um fluxo desses insumos dentro do País, do norte ao sul, um CPRREDOR DE DESENVOLVIMENTO DE MOÇAMBIQUE, também para fazer face à integração regional.
Em relação à estrada Maputo-Witbank, só me preocupa o facto de termos uma portagem a menos de 10 km da Capital do País, facto que encarece o custo de viajar entre Maputo e Matola, duas cidades praticamente ligadas entre si. Apesar de a construção desta estrada ter reduzido a distancia entre Maputo e Ressano Garcia em cerca de 30Kms e de ter melhorado as condições da estrada, também encareceu os indivíduos que têm que atravessar diariamente a portagem para se deslocarem aos seus postos de trabalho.
Portanto, a integração regional tem vantagens macro-económicas, mas também têm custos e é ai onde se encontra a questão central, a análise, por parte de economistas e académicos da relação custo-benefício quando se fala de integração económica regional, e temos o caso de Angola, que por enquanto ainda não aderiu à zona de comércio livre na SADC, como um caso de estudo para ser analisado no futuro. Será que Angola fez uma boa opção? Será que Moçambique no seu actual estágio, estará em condições de ser um país concorrencial ao nível da região?
Não é por acaso que o Presidente da República Armando Guebuza saudou a escolha do tema na sua intervenção, e disse que o debate levado à cabo em Moçambique, durante o ano 2007, sobre a abertura do comércio livre trouxe ao de cima várias questões económicas e Sociais e ainda há outros desafios pela frente tais como a união aduaneira e a união monetária. o Presidente reconheceu a complexidade que este assunto envolve.

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terça-feira, abril 08, 2008

Sobre o caso Ziqo!!!

Re: Res: [mocambiqueonline] Sobre o caso Ziqo!!!

mano virgilio

o mais grave para mim foi ver que as declaracoes deziqo a policia de investigacao criminal forampublicados num diario da praca, apartir daquelemomento eu entendi que este caso do ziqo nao passa deum circo para divertir os incautos. mas porque pelaboca morre o peixe, tentei escrever no meu blog sobreos dealers da adrenalina: aqueles que nao interessaque sejamos homens da razao, de uma reflexao critica,mas cidadaos drogados na emocao, nao a bela emocao,mas aquela que nao precisa de juizo para desconfiar,distinguir uma emocao bela da ma . no fim de tudo,temos o caso do ziqo a invadir a nossa vida privada,num apelo a emocoes de uma maneira sensacionalista.isso esta errado? para mim sim. porque ninguem esta nominimo interessado em investigar e saber afinal do quese trata. se o video e feito num local publico ouprivado; se os envolvidos sao maiores de idade ou nao;se e crime o acto presenciado no video, ninguemexplica porque; se estamos perante um atentado aopudor, onde esta o quadro juridico que justifica isso,ainda nao ha o esforco dos orgaos de informacao acontactarem os juristas para melhor se informarem; ocriminoso e o ziqo ou a pessoa que roubou o celular?;porque e que o roubo de celular nao leva as pessoas aparticiparem a policia; eu fui daqueles que ja compreicelular em segunda mao num bazar na europa e tambem emmocambique com numeros ou imagem ainda gravadas namemoria do telefone, a lei no pais europeu onde estouproibiu-me de usar as imagens contidas no telefone, oque a nossa lei diz sobre a protecao da privacidade eonde para a nossa boa educacao e cultura juridica; ocorpo das bailarinas semi-nuas na tv e as imagenssangrentas de policias baleados e corpos carbonizadospelo lichamento, onde estao os limites da moral e daintegridade publica e como se manifestam; onde e quecomeca e termina uma fofoca, e o que faz os nossosmusicos pensarem que fazer fofoca significa passarmensagem ou produzir letra de uma musica, porque aultima vez que estive em maputo vi um bate-bocas demusicos sobre a sua privada em canais de radio, e naspistas de danca; que a tua publicidade de patrao naoassenta na originalidade do seu produto ou da ideiamas na distruicao da criatividade do seu adversario;nao nos interessa a razao de uma maboazuda mas o som ea danca que atrofia os sentidos de homens sexuados emoralistas; etc;uma lista de coisas que procuro entender. e cada vezmais vejo o perigo que corremos, quando em vez deexigirmos os correcto dancamos o falso. muitos denos, construimos vedacoes e grades nas nossas casaspor causa de gente que nao reconhece o direito aprivacidade e a propriedade privada, nas relacoessociais, economicas e ate sexuais das pessoas. equando instituicoes publicas e ou orgaos que deviamagir de uma forma exemplar e didactica, caiem tambemno sensacionalismo, entao estamos mal. e porque naofalta o bom discurso, ja estamos a ouvir que os jovemperdarao a moral e valores da mocambicanidade,etc...tambem problematica esta forma devolver aosjovens a tarefa de moralizar a sociedade. agora manoseu so tenho medo, que devido ao curriculo de algunsponta-de-lanca da geracao do-que-esta-dar, muitosjovens que produzem coisas fantasticas na pintura, noteatro, na musica, na escultura, na danca, literatura,poderam ser pressionados pela esta onda de produziradrenalina a qualquer custo. e posso imaginar que oresultado vai ser matar a criatividade para produzir ofalso e o sensacionalismo que tanto neste momentoadmiramos.prontos, precisamos de ziqos, mas nao para invadirem ebanalizarem a nossa vida privada, mas paraenriquecerem o mundo deEntertainment-arts-knowledge-lifestyle de mocambique.mas o ziqo neste momento esta numa situacao feia,entao so podemos dizer que: com o fim da guerra, todossao generais.la famba bicha

jorgematine

--- mbonha@yahoo.com.br escreveu:>

Carissimos,>> Ziqo nao esta arrempendido do que fez como ele fez> questao de dizer na entrevista que concedeu a STV. O> Video foi feito aproposito. Ele frisou que o video> era para consumo proprio, razao pela qual nao esta> arrependido. Ora, Isso quer dizer que a nossa> estrela tem fantasias, tipo fazer bacanais, o que> nao e mau. O que esta mal nisto tudo é as nossas> estrelas nao saberem ser nem estar numa sociedade> que quando quer penaliza as pessoas.> Se nos estivessemos numa sociedade um pouco mais> desenvolvida, com Paparazis, se calhar se> preocupavam mais com a gestao da sua imagem quando> pensarem em fazer certas coisas.> O Ziqo esta na situacao que esta por ser Ziqo. Se> fosse um Mbonha, a repercursao seria outra. e Nao> estavamos aki hoje a falar tanto assim. Ja tivemos o> caso da moca universitaria que inaugurou a aparicao> pornografica na Net, e depois dela vieram muitos e o> alarido nao foi a este nivel.>> PARA TODAS AS FIGURAS PUBLICAS GOSTAVA DE DEIXAR O> APELO PARA QUE DE ALGUMA FORMA SE SOLIDARIZASSEM COM> O CANTOR QUE E O QUE EU ESPERO DE ALGUNS FANS MAIS> SENSATOS.>> SER FIGURA PUBLICA E MUITO DIFICIL, APRENDEMOS COM> OS ERROS.


Virgilio Andre <vandrem@sortmoz.com>>

será que o Ziqo disse a verdade sobre o timing em> que foi gravado e difundido o filme? segundo ele> disse que lhe foi roubado o Cell no ano passado, ano> em que foi gravado o filme mas, fontes há que> confirmam que o mesmo foi gravado este ano e> difundido 3 dias depois o que torna a situação> fresca ehehhe!!! o Ziqo apareceu em Público pedindo> perdão aos seus fãs e publico em geral será que> merece o perdão? terá convenvido nas suas> explicações?>> Comment!>>
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terça-feira, abril 01, 2008

A andorinha do Mugabe (de Jorge Matine)

1- Escrevi aqui e aqui sobre o Mugabe. Continuo pensando na andorinha do Mugabe, e naqueles que interpretaram a minha opinião como uma diabilização ao Mugabe. Hoje somos obrigados a assistir o que todos queriam ver: a forma precipitada para “inventar” uma formula de pensar numa África integrada sem a fragmentar. Assim como aqueles que adoram a andorinha e sem amar a chuva. A meteorologia dos sentidos, penso eu.
2- A meteorologia dos sentidos parece conduzir-nos para um abismo. Transformou algumas intenções de exercício crítico numa escolha entre a diabolização do Mugabe e o recurso ao nacionalismo. As duas escolhas representam aquilo que menos sabemos fazer neste continente: criar aquilo que Karl W. Deutsch chamou de security community. Este conceito foi aquele que inspirou o acordo de Incomati, o acordo de não agressão assinado entre Samora Machel e o regime do apartheid. Trocar a baioneta pelo diálogo político, e não a troca de baionetas de uma guerrilha em maçãs de um farmeiro bóer.
3- A história repete-se. Não no Zimbabwe, mas no dia-a-dia dos africanos, porque este continente produziu muito líder que representava o diabo revestido num discurso nacionalista, desde o Bokassa ate ao Idi Amin. O que intriga neste momento é perceber como Mugabe pretende salvar o Zimbabwe, e para isso não precisamos de diabo ou de um nacionalismo que assenta em apelos emocionais, mas de um líder inteligente, pragmático, que possa promover o diálogo entre os elementos radicais de uma oposição farta do regime de mugabe e os elementos mais racionais dentro da zanu-pf.
4 - Para um continente que esta habituado a revoluções ao estilo golpe de estado, não terá chegado a altura de assistirmos a uma nova perestroika no Zimbabwe? Porque só com uma perestroika pode-se garantir que o exercito no Zimbabwe (onde estão os mais radicais elementos da zanu-pf) não tome o poder. Na experiencia da repercursão que a perestroika de Mikhail Gorbachev teve nos paises vizinhos e do bloco sovietico, podemos vir a assistir tambem num futuro proximo o impacto da perestroika zimbabweana em alguns paises vizinhos região.
4 - Agora caros bloguistas imaginem que neste momento a vossa situação social e económica seja esta: tens 84 anos, casada/o com um(a) mulher/Homem 30 ou 40 anos mais jovem do que tu, tens dois filhos menores, governas um pais em crise económica, os teus amigos vem bater a porta para exigir favores, a única pessoa que tem a maior possibilidade de tomar o teu poder não reconhece os teus compromissos com amigos e tua família, os teus vizinhos estão a espera que a morte te visite para distribuírem a tua herança entre eles, e o mundo pensa que estas velho demais enquanto a tua família quer te poderoso e vigoroso por muito mais tempo, mas a tua inteligência diz que não podes planear as coisas a longo prazo porque não poderás ter vida para ver o resultado.Usando a meteorologia de sentidos, como poderas resolver este maka da tua vida?

la famba bicha
jorgematine
www.chapa100.blogspot.com

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