quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Sismo em Mocambique

Sismo em Moçambique

Pouco passava da hora zero do dia 23 de Fevereiro corrente quando vários Moçambicanos foram afectados por uma preturbação sísmica. A terra tremeu por uns instantes pondo em pánico vários cidadãos.
Na cidade de Maputo as reacções não se fizeram esperar. Até a 1 hora da madrugada as ruas de Maputo estavam repletas de citadinos que abandonaram os prédios e as casas para se salvarem. Mesmo depois do abalo há ums resistencia por parte de alguns cidadãos para regressarem às casas.

Ainda não há informações de vítimas mortais, mas a ocorrencia de sismos é algo raro em Moçambique. Testemunhas contam que Namaacha já registrou um sismo há 10 anos atrás. Desta vez foram várias as províncias do país onde se fez sentir o sismo.

Numa breve ronda pela cidade pôde-se ver a apreensão, a preocupação, o medo, enfim as pessoas ficaram chocadas com o sucedido. Nos prédios uns saíram de casa com as malas prontas, outros apenas com a roupa de dormir, também vimos gente vestida como se fosse a uma festa a sair de casa...hehehehe...coisas de Maputo.
Mas o que há a reter é que aconteceu um sismo em Moçambique e até agora não há informação de vítimas mortais.

Espero que este sismo não tenhas danificado nada e que as pessoas estejam bem de saúde.

Moçambique Online
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Caros compatriotas,

As cidades de maputo, beira, e tete, alguns dizem tambem que chimoio registaram nos principios da manha de hoje, quinta feira cerca das oo.30. Pessoalmente dirigi-me aos servicos de meteorologia mas estes encontravam-se fechados. Portanto ninguem sabe ate ao momento a escala do sismo (richter)! O director do instituto nacional de meteorologia aformou a rm que desde 1989 a gestao dos sismos passou a direccao nacional de geologia, que presumivelmente funciona das 07.30 as 15.00 hrs.

Viam-se nas ruas de maputo senhoras com roupa interior ou de dormir, criancas e jovens semi-vestidas ou sem roupas!

Ha relatorios de pequenos danos materias como consequencia da quebra de vidros, na maior parte dos casos em predios com mais de dez andares.

Oxala que este alerta acorde as autoridades competentes para a necessidade para a criacao de uma instituicao que vele por estas situacoes 24 horas por dia!
Um abraco patriotico,

Manuel de araujo
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Agora é q sera o nosso fim cheias,secas,HIV,malaria etc agora sismos para aumentar a nossa desgraça ainda bem q foi de pequena escala pois nâo sei se o nosso pais esta preparado para esse tipo de situaçoes pelo q ouvi pela RM não existe nenhuma instancia em funcionamento para tratar destes casos agora é estamos mesmo lixados
God Bless Moçambique

Para mais detalhes confiram o site

http://earthquake.usgs.gov/eqcenter/eqinthenews/2006/usjlca/

Chartony Bobo
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Terrivel pensar-se no acompanhar desta ocorrencia para quem se encontra longe de casa, tal como eu. Felizmente a tecnologia permite-nos acalmar alguns "temores". Infelizmente, nao nos permite acalmar o tremer da terra. Queira Deus que vidas nao tenham sido levadas... Para os que possam ter sofrido perdas humanas ou materias O MEU ABRACO SENTIDO. Para os que se encontram longe de casa ou fora do pais, desejar que cedo tenham noticias. Sem espirito para mais...

Os melhores cumprimentos

Nelson Maximiano
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Alo moderacao do moz online (Basilio????)

Thanks pela informacao atempada sobre este fenomeno raro que aconteceu na nossa terra. Para mim o Moz online nao é apenas uma janela para debate e expressao de opiniao, mas tambem uma fonte de noticias sobre as coisas que acontecem na minha patria amada. Ja contactei alguns parentes e amigos ai em Moz e aparentemente nao houve danos severos da parte deles (espero que seja geral).

Um grande abracao a toda comunidade deste forum e espero que o infortunio nao tenha batido a porta de ninguem.

Estamos sismicamente juntos

Banze
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E' isso minha gente. So que e de lamentar o que vi na TVM, lgo demanha aparecer a Governadora de Mpt dizer que nao temos equipamento para prever ou registar este tipo de situcao. Se nao estamos dentro da materia e' melhor sermos francos em dizer "nao sei, vou me informar" pois1hora depois de ele ter saido vi um debate aberto entre servico de viacao e um tecnico desta areia a responder que temos tanto equipamento quase em topo Pais para este efeito. Acompanhei na radio no programa de Emilio Manheque e gostei de intervicao dos ouvintes, em um deles dizia que esta na hora de anteder o aviso de Deus, para este tipo de situcao, pois com esta escala muito coisa pode acontacer e ja acontecu em certo paises por exemplo abrir-se uma carratera apartir do mar ecomo sabemos a situacao actual que e' pessima, vejamos o que fazer..... de louvar o trabalho dos bombeiros que protalmente, apesar de ser humanos, consiguiram trazer a calma nas pessoas que estavam nas ruas.
para terminar, agradecia que os servicos de previcao destes e outros fenomenos, trouxecem informacao antecipada, masmo nao tatalmente precisa, de horas e dias que se preve isto. Nao esperemos que acontece a mesma coisa que o tsunane fiz, onde o governo olhou para entrada de dinheiro e ingnorou os avisos feitos e deu no que deu......

Caetano Chicane
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Caros amigos,

Tivemos uma madrugada turbulenta hoje, com o cismo que se diz ter chegado a escala 7.5 graus. Ficamos sem informação de quem de direito, ficamos ao Deus dará.

Foi uma situação desoladora pois ficamos sem informação pontual. Gostava de ter certeza se os nossos predios na capital estão preparados para estes abalos senão, peço que as estruturas ficaram afectadas.

Salvo a STV que se prontificou desde as primeiras horas a dar informações uteis sobre o abalo.

Moçambicanos, este foi o primeiro cismo de grande invergadura, esperemos que não venham mais cismos como estes.

Egidio Mastinhe
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caros moz para akeles que tao fora ou mesmo ca dentro a informãção que circula vem mais abaixo, para alem do abalo das 00:30 houve mais um por volta das 3 e qualquer coisa, que foi sentido pelo pessoal que vive na baixa.
de informação de amigos na Beira onde a entensidade segundo a descrição foi mais forte eles sentiram os dois e dizem que o primeiro foi que nem abananço em barco, algumas roturas em tubagem de canalização e falta de energia.

( O sismo que quarta-feira à noite se sentiu na capital de Moçambique atingiu uma magnitude de 7,5 na escala aberta de Richter, anunciou o centro de estudos geológicos norte-americano (USGS). Segundo o USGS, o sismo ocorreu às 22:19 TMG (mesma hora em Lisboa), a cerca de 530 quilómetros a norte de Maputo e a 225 quilómetros a sudoeste da Beira.O hipocentro do sismo foi situado a 10 quilómetros de profundidade sob a superfície terrestre, acrescentou o USGG. De acordo com o porta-voz do USGS, Clarice Ransom, o epicentro do sismo localizou-se a 140 milhas a sudoeste da Beira, na costa moçambicana no Oceano Índico.Inicialmente, o USGS anunciara que o sismo tinha atingido a magnitude de 6,9, mas pouco depois corrigiu esse número para 7,5.O sismo levou centenas de habitantes de Maputo para as ruas da cidade. Segundo constatou a agência Lusa no local, logo após o abalo, residentes nas principais artérias da cidade, onde se situam os edifícios mais elevados, fugiram para a rua, com receio de novas réplicas.Uma hora depois do abalo, nas ruas continuavam centenas de pessoas, comentando um fenómeno que não é vulgar no país. A rede telefónica ficou congestionada, tornando difíceis as comunicações com a polícia e serviços de meteorologia. O sismo não provocou derrocadas de edifícios nem danos visíveis nas principais ruas da cidade de Maputo.Além de Maputo e da Beira, o abalo foi sentido em zonas tão diversas como a cidade de Durban, na África do Sul, e em Harare, capital do Zimbabué. De acordo com o USGS, este sismo, que perece "o mais forte" a atingir até hoje esta região, pode ter causado danos devido à sua força e às suas coordenadas geográficas. Por sua vez, o centro norte-americano de alerta aos tsunamis, excluiu a hipótese do sismo poder provocar um tsunami no Oceano Índico.

Lusa
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domingo, fevereiro 19, 2006

TVM E SERVIÇO PÚBLICO EM MOÇAMBIQUE

Por: apl Moises
Aplmoises@yahoo.com.br


Estimada gina & pessoal:

De antemao as minhas sinceras desculpas se nao me explicar correctamemente ou se ofender alguem ou susceptibilidades. Se isso acontecer, nao tera sido intencional.1. Julgo que ja e tempo de nos escapulirmos da febre de continuar ostentando ingenuidade:

Quem disse que o problema deste pais, em geral, e das empresas publicas ou do estado, em particular, e a falta de dinheiro, de recursos ou de financiamento? Eu julgo que para uma consciencia atenta esta + que claro que o problema e do uso correcto desses recursos, dos recursos existentes! (abro parentesis - porque tenho sempre a "mania" de falar/tratar os assuntos no lacto, no geral - para dizer alto e a bom som: nem me falem da TVM, concretamente em termos da variavel "recursos - qualidade do trabalho tecnico"!!! Porque, para comecar, que exploracao produtiva, construtiva se faz dos recursos que la existem?! Sim existem la recursos, pelos menos os humanos!! E com que qualidade nos deliciam? Onde esta a originalidade, a criatividade, enfim, a qualidade que provem do pensar, criar, inventar?!!! + onde esta o empreendedorismo da TVM?

Eu pessoalmente nada tenho contra a TVM, e ate simpatizo muito com ela, conheco la muita gente que me tratou la muito bem. Pelo que nao estou nao contra ela, estou simplesmente sugerindo que um bom uso, eficaz das capacidades mentais/dos recursos humanos gera capitais fabulosos/riquezas em qualquer pais habitado do planeta, incluindo africa! E ninguem vai negar que informacao, especialmente no nosso seculo, e mercadoria, que pode gerar /trazer nao so mares de $, mas e tambem um inestimavel poder.

Resumindo: as nossas empresas, o nosso estado e governo esttao habituados a ser crematorios: a queimar dinheiro!! (e nao a produzir!! Sao consumidores por excelencia!!) .sao doutos nisso!!!! Sao doutores na tradicao de so consumir, consumir, consumir!!!!! E so ver: o seu desenvolvimento resume-se nao em inventar coisas novas, mas sim em inventar nossas estrategias, novas lamurias, novos choros de angariar fundos, pedir esmolas !!! Desculpem a expressao, mas porque devo eu e os meus parentes dar + esmola a tvm, rm, estado e governo, se nem nos dizem como, onde gastaram o dinheiro/impostos que toda a nossa angustiada vida drenamos sem interrupcao para os cofres do estado??? Que nos venham ca ao publico mostrar frutos que os nossos fundos produziram! Cada ano estao mais probres porque nao produzem, so consomem, apesar de terem um potencial com base no qual poderiam angariar lucros!! Ha que pensar noutras coisas e doutro jeito alem de mendigar, meus!!!!! Alguem ja tentou somar quanto dinheiro , comida, roupas e outras coisas ja entraram neste pais como donativo, desde 1975? + o $ que entrou como de divida?!!! Olha, se esse dinheiro todo tivesse sido usado de forma eficiente e honesta, pelo menos haveria pelo menos 1 casa de banho onde urinar na capital do pais, em vermos de nos vermos obrigados a pintar os muros a mijo todos os dias!!!! Olha, se ate a maioria dos nossos dirigentes nasceram e cresceram em palhotas, e em mocambique, que eu saiba, continua havendo capim e arvores, quem e o dirigente que pelo menos sugeriu (para nao dizer que se empenhou, porque estao la para trabalhar, e nao para discursar, mendigar, tachar/lamber e cocar o umbigo!!!!!) a construcao de casas de banho com material precario, pelo menos nas zonas suburbanas?

De qualquer modo, e mais decente e ate benefico para a saude publica e dos cidadaos que mesmo na cidade de cimento mijemos em casas de banho feitas do dito material precario, do que faze-lo ao relento, a luz de dia e no meio do publico, das nossas maes, filhas, estrangeiros, etc etc, como sem vergonha se faz mesmo a frente da presidencia, dos ministerios, tribunais, unidades de saude e, claro, ate da tvm, desde 1975 ate hoje!!!!!!!!!!!!! Dirao que e por falta de fundos??? Que devemos contribuir mais para que possam construir wcs, fazer bons programas de tv, radio, atender copm respeito os doentes nos hospitais, respeitar os cidadaos neste pais, deixar de roubar-lhe, mostrar-nos os corruptos, leva-los e condena-los em tribunais, desentupir os cargos/cadeiras que ha dezenas de anos assambarcaram e nao querem liberta-los, etc etc etc??????. O problema nao e nao de recursos (da sua existencia), mas sim da sua gestao!!!!!! Mesmo o japao "nada tem" alem das montanhas", mas como usa a cabeca como deve ser, e de se lhe tirar o chapeu, voces sabem disso talvez melhor que eu!!!!!!!!!

Para que drenar sempre fundos para tambores sem fundo? Por+ que tentes encher de agua, nunca vais encher 1 tambor que nao esta tapado la embaixo!!! E assim sao os nossos governos, e o estado criado por eles, e as suas empresas: estao gravemente esburacadas de corrupcao, ladroagem, estao minados de intrigas, invejas, injusticas sociais, ineficacia, incompetencia, "bufaria", imoralidade, hipocrisia, egoismo, irresponsabilidade, enfim, estao infectados de muito pecado e muito crime!!!!!!!!!

Eu prefiro aconselhar as pessoas a olhar/analisar primeiro para onde atiram o seu dinheiro, a quem o entregam, a quem o confiam, porque e para que, do que entrega-lo aos inaptos e preguicosos que se apelidam de politicos, dirigentes etc etc !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Se nem tenho dinheiro para dar de comer ao meu filho, para curar os meus doentes, para cobrir a nudez/vergonha da minha casa, porque devo dar os meus meticais a 1 governo/empresa ingrato e rico, sempre ostentando/bufando luxo, saude e arrogancia politica? Se nao podem ser justos para connosco, pelo menos eu/nos podemos ser justos para com eles e para connosco mesmos, para com e perante a nossa consciencia: individual, de cidadaos, e colectiva, e social!!!! E nao me importo de dizer isto, a todos e bem claro: nao somos rebeldes, descontentes, invejosos nem nada do genero, somos simplesmente um povo-vitima, martir, e indefeso!!!!! Somos como um rebanho sem pastor!!! E estamos numa situacao critica, dificil, porque costumamos ter lobos a ocupar o luagar de pastor!!!!!! Porque sugam-nos os que deviam nos alimentar, atacam-nos/agridem-nos/violentam-nos/violam os nossos direitos os que deviam nos defender, os que deviam + nos ajudar, velar pela nossa boa aventuranca, tem sido os que mais nos prejudicam - atraves da sua ineficacia, incapacidade, politicas, cultura , posturas, crijmes inconfessados contra os cidadaos, contra o estado mocambicano, a nacao, etc etc etc!!!!O que fizeram durante este tempo todo em que estao no poder so diz 1 coisa: que nao merecem confianca de quem nao faz parte da "familia/grupo" deles!!!!! E ainda bem que eu nao faco!!!!! Pelo menos assim, nao tenho vergonha de mim mesmo, tenho a consciencia limpa !!!!Desejo sabedoria e muitissima saude fisica, espiritual eartistica ao salvador mauricio, musico mocambicano dos tempos idos (naoi sei se ainda canta) que cantou: "ratos roeram tudo.

APL Moises
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quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Iniciativa Presidencial de Combate ao SIDA

Caros amigos e compatriotas,

Por cada dia que passa, surge sempre algo para me surpreender. Isso acontece há vários níveis, como por exemplo na maneira como os nossos intelectuais se comportam; no posicionamento dos nossos líderes perante assuntos de capital importância para o desenvolvimento do país; e até mesmo na atitude do meu vizinho perante o meu cachorinho inofensivo.

Desta vez a surpresa caiu-me do céu quando vi a tal da “iniciativa Presidencial de combate ao HIV/SIDA”. O tema em si é muito bonito. E torna-se ainda mais belo se for assunto de imprensa, para puxarem o saco da bufia.

Eu vou concordar com o Bayano Valy, quando indaga o significado desta tal iniciativa. De facto temos instituições que tratam do assunto ou mesmo que deviam tratar dele.

Vou começar a concordar também com aqueles que acreditam que o Dossier HIV/SIDA cria empresários no país. Basta inventar um pequeno projecto sobre o SIDA para começar a chover dinheiro. Os tipos que têm lobies saem em vantagem.

Eu penso que a ideia em si não é má. O Chefe do Estado pode muito bem ter uma iniciativa de combate e prevenção da referida pandemia. Mas não precisa propalado aos quatro ventos. Que se discuta a tal iniciativa num conselho de ministros, e pronto. Quantas ideias geniais os cérebros da função pública não dão como seu contributo para a boa governação? Mas nunca ninguém ousou publicar os nomes de tais indivíduos. São os seus superiores hierárquicos quem se apropriam das suas boas ideias. E tudo para por aí.

O diálogo entre a juventude e o chefe do Estado é salutar. Mas que inventassem um outro tema para tal encontro. Parece-me que o actual tema está repleto de muita hipocrisia. Se pretender-se atribuir tal responsabilidade ao Chefe do Estado, penso que devia-se anteceder pela extinção do CNCS, e de outras instituições criadas pelo Governo para esse fim.

Caso contrário isto soará a politiquices. (me perdoem os políticos).
Há pouco tempo vi um convite para o lançamento de um livro sobre qualquer coisa como “a resposta moçambicana ao HIV/SIDA”. Em menos de uma semana torna-se público o encontro do Chefe do Estado com a juventude, para discutir assuntos ligados ao SIDA. Parece muita coincidência. De igual modo não sei se tal coincidência é em vão. Senão vejamos: a agenda do Chefe do Estado sobre o aludido programa tem o seu início no dia 16 de Fevereiro. No mesmo dia pelas 18h dá-se o lançamento do livro.

Um outro ponto que gostaria de abordar aqui tem a ver com a organização do próprio evento.
Estou habituado a seminários ou conferências, em que dias antes, as pessoas podem submeter um paper a ser apresentado no dia do evento. E ainda antes do próprio dia, os convidados ficam a saber quem será o moderador, quais serão os oradores, etc. Isto não se verifica neste evento para o qual nos convidam na qualidade de jovens. Até parece que vou ao estádio da machava sem saber quem vai jogar.

A coisa ficaria mais clara se dissessem que haverá uma palestra sobre o tema X, no local Y, cujo palestrante será fulano ou sincrano. Falo de palestra devido a sua peculiaridade. Aqui, o palestrante apresenta o seu ponto de vista sobre o tema em causa e a plateia reage. Levantam-se indagações sobre os pontos de discorda ou então dos que não tenham sido bem clarificados. Basta apenas que os interessados na palestra saibam qual o tema a ser apresentado.

Para terminar, tenho a recordar, que o convite ao referido encontro surpreendeu-me pela negativa sobretudo pela sua falta de clareza.

O SIDA está a matar muita gente. Sendo assim devemos tratar o assunto com maior seriedade possível. Não devemos politizar uma questão tão séria que mexe com a vida de muitas famílias moçambicanas.

A juventude tem de facto muitos problemas por levantar em volta desta temática, mas que sejam organizados eventos sérios para tal. Ou então, se a preocupação é de evitar exclusão social, o tema poderia ser discutido abertamente no mercado do Xipamanine, através de um comício popular dirigido especialmente aos jovens.

Book Sambo

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Bayano Valy wrote:
Compatriotas, Alguém pode me dizer porquê o Presidente da República precisa de uma iniciativa de Combate ao SIDA? O quê é que o CNCS está a fazer afinal? Me parece que as actuais estratégias são de se coordenar mais centralmente a luta contra o HIV e SIDA. Sendo que, a criação de mais uma iniciativa mostra que há um desfazamento entre o discurso e a prática. De onde virá o dinheiro para o Chefe de Estado levar a cabo as suas tarefas?
Do seu bolso?
Do CNCS?
Do Orçamento do Estado? .................................................................................. Um dos problemas deste país são os conselheiros do Chefe de Estado que não o dizem que certas intervenções vão contra a política que ele próprio advogou. Quero dizer, o Chefe do Estado traça as políticas e não deve ser sua a tarefa de executá-las. No caso vertente, tem o MISAU para fazê-lo e o CNCS também. Alguém me explique se de facto o Chefe de Estado precisa de uma iniciativa do combate ao SIDA. Para mim é como se estivesse a dizer que o CNCS não está a prestar bom serviço à nação. Se o caso é esse, então que crie outra coisa e não replique iniciativas.........................................................................................................
Um abraço Bayano--------------------------------------------------------------------------------------------MoçambiqueOnline wrote:


PRESIDENTE GUEBUZA REÚNE-SE COM SOCIDADE CIVIL NO QUADRO DA INICIATIVA PRESIDENCIAL DE COMBATE AO SIDAMAPUTO, 14 DE FEVEREIRO DE 2006 - O Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, realiza de 16 a 20 de Fevereiro corrente, encontros com as forças vivas da sociedade civil moçambicana, no quadro da Iniciativa Presidencial de Combate ao HIV/SIDA.Com efeito, o Chefe do Estado moçambicano irá reunir-se com os líderes comunitários oriundos de todas as províncias do País, religiosos, associações femininas, jovens e estudantes, bem como o Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA. Os encontros do Presidente da República com a sociedade civil visam promover uma reflexão sobre os aspectos referentes ao HIV/SIDA, bem como reflectir sobre o papel de cada um dos sectores no combate a esta pandemia. Estes encontros surgem da necessidade de dar continuidade ao exercício de advocacia que tem vindo a caracterizar as intervenções do Presidente Armando Guebuza no âmbito do combate ao SIDA e que teve a sua expressão máxima aquando do encontro com os líderes comunitários na Aldeia 3 de Fevereiro, no quadro das comemorações do 1º de Dezembro, Dia Mundial de Luta Contra o HIV/SIDA, tendo o Chefe do Estado apelado incisivamente ao resgate dos aspectos positivos da nossa cultura e tradição para fazer-se face aos desafios que a pandemia nos impõe.

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quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Estatuto e Perfil de heroi nacional

O QUE ESTARIA POR DETRÁS DE TANTA CORRERIA NA DEFINIÇÃO DO ESTATUTO E PERFIL DO HEROI NACIONAL?

Tenho acompanhado o debate sobre Herois Nacionais. Devo confessar que é-me deveras doloroso ouvir isso. Mas, enfim, é a vida. É como diz um adágio brasileiro, « Se você mantém a calma, quando todos perderam a cabeça, é porque você não captou o problema».

Na verdade, são poucas as pessoas que ainda mantêem o mínimo de calma quanto a este problema. Eu, até ha bem pouco tempo, trivialisei este assunto. Todavia, não será pela sua lucidez que hoje venho sobre ele cogitar, mas sobretudo pela sua impertinência objectiva.

Três aspectos sustentam ou pretendem sustentar a minha tese: (1) sobre o processo histórico não divulgado, (2) sobre a correria dos mais velhos à procura de um lugar «condigno para repousar em paz» e (3) sobre os poderes do Presidente da República de Moçambique.

1. Sobre o processo histórico não divulgado

Não compreendo: já é lugar comunm dizer que a história de Moçambique deve ser reescrita. Eu digo o contrário. Parte da História de Moçambique deve ser concluída. Não existem heróis clandestinos. Não devem existir heróis desconhecidos. Todos herois deveriam ser bem conhecidos: sua história, seus feitos, sua relevância bem como uma bibliografia relevante sobre o facto. Voltarei a falar desse assunto na útlima parte desse texto.

Partindo do princípio de que a heroicidade de um indivíduo incorpora em si a noção nacionalista, importa fundar as raízes de Moçambique e da moçambicanidade. Esta tarefa ainda nem começou. Há pouca coisa escrita sobre os reinos e impérios Moçambicanos. Para além do Império de Gaza e a controversa figura de Gungunhana, nada mais se fala. Propositadamente ou não, os Makombe da região Centro do país apenas se menciona quando se fala da resistência à ocupação efectiva de Moçambique do século XIX. Mesmo assim, o livro de História de Moçambique Vol.2 apenas dedica 10 páginas de A5 ao passo que o de Gaza constitui um longo e detalhado capítulo.

Sobre a resisência do Norte praticamente não se fala, apesar de ter sido a última região do que é hoje Moçambique a ser opucada efectivamente pelos portugueses. José Medeiros, numa tentativa de revitalizar aquela história acabou privilegiando os portugueses ao abordar apenas aspectos económicos da Companhia do Niassa.

Não existe nenhuma bibliografia aprofundada sobre os Xeicaods e Sultanatos da Costa nortenha de Moçambique. Apenas uma 20 páginas na História de Moçambique Vol 1 resume um século da resistência de um povo com grande mosaico cultural.

Guaza Muthini é anualmente celebrado, com honras e pompas de Estado, ao passo que os Macombes de Bárue, que resistiram á ocupação colonial e cuja derrota só foi possível graças à intervenção do corpo expedicionário de SABC de Cecil Rhodes – esse colono Britânico com interesses na vizinha Rodésia! Nada se lembra sobre eles, dando a sensação de que a resistência apenas existiu no Sul de Moçambique.

A PARTICIPAÇÃO do Presidente da Rpública em Cerimónias Tradicionais como abertura da época de Canhú, apenas realizada no Sul de Moçambique deveria ser compensada através da valorização e respeito de outras culturas representativas do Norte e Centro do país, constituindo assim um manifesto esforço político na consolidação da unidade nacional.

Enfim, é exactamente isso o que falta. Urge documentar a história do país. Enquanto determinadas culturas e regiões do país forem marginalizadas da emancipação política ao longo da história através da pesquisa científica, o debate sobre os heróis nacionais parecerá uma tentativa de acomodar interesses imediatos e vontade de resolver contendas do actual cenário político.

Enquanto a história de uma determinada região se mantiver bibliografica e cientificamente bem apetrechada em detrimento da outra, continuaremos a assistir essa marginalização cultural (que pode ser invlountária ou propositada). Dessa marginalização resultará invariavelmente a inexistência de herois nacionais de outras regiões do país.

Chegados até aqui, proponho o meu primeiro ponto de partida: refundar a moçambicanidade através da divulgação nacional da História dos moçambicanos, fazendo-se um esforço enorme em saleintar a contribuição de cada cultura, de cada região bem como de cada tradição. O ARPAC possui um grande manacial sobre isso. PORQUÊ NÃO DIVULGA?

2. Sobre a correria dos mais velhos à procura de um lugar «condigno para repousar em paz»

Sabendo de antemão que todos os heróis que repousam na Cripta bem como outros que no dia 3 de Fevereiro são recordados pertencem á uma determinada época da História de Moçambique, época essa não muito bem estudada e documentada, importa reflectir se não estariamos perante um problema que emerge dentro dessa mesma clique e que se pretenda dirimir à custa de um debate fútil!?

A Frelimo de 1964 é diferente do PARTIDO FRELIMO de 2006. Todavia, a actual Frelimo detêm todos os direitos de uso do nome, história e processo de libertação nacional. Esse facto suscita muita inquietação no seio de partidos de oposição que invariavelmente se sentem excluídos de um processo de libertação nacional que deveria ser pertença/património de todos os moçambicanos mas que, a avaliar pelo discurso da Frelimo, parece pertencer àqueles que puderam chegar até 07 deSetembro de1974 como ainda membros do Partidão. Não admire pois que alguns duvidem da heroicidade de Adelino Gwambe (nem eu sei) ou outros quaisquer que, discordando dos ideiais ou não, preferiram enveredar por outros caminhos, criando seja outros partidos, seja preferindo viver em outros países sem contudo abdicar da luta.
Daí nasce a desconfiança desse debate. Daí a racionalidade da «resistencia dalguns» sobre a pertinência. É que se quisessemos escolher a partir de hoje até próximo ano 50 heróis nacionais, fossem quaisquer os critérios nacionais, teriamos o seguinte cenários:

1. Políticos: - TODOS DO PARTIDÃO
2. Sociedade – Cidadãos maioritariamente proveneintes da Cidade de Maputo, Gaza e Inhambane e alguns perdidos do centro e norte do país
3. Heróis da resistência à Ocupação efectiva de Moçambique: Gungunhana e seu império mais alguns regulados de Maputo e Inhambane
4. Patrimónios Culturais mais sonantes: Chibuene, Manyikeni, Khambine, Chaimite, Marracuene, Ilha de Moçambique, e talves a terra dos Mataka em Niassa
5. Povo mais resistente à ocupação colonia: Machanganas.
6. Tradição mais bem documentada e bibliografada: Thonga/Stonga/Ronga
7. Povo mais traidor aos ideiais nacionalistas: os do centro e norte do país, a avaliar pelo números dos chamados traidores da nação: Joana Simeão, Uria Simango, Lázaro Kavandame, Adelino Gwambe, e outros
8. Povo mais fiel: Makonde

Atenção, esse é apenas um cenário baseado no meu instinto. Mas também não me ilibo da responsabilidade daí decorrente.
Por isso, digo mais uma vez: o debate devia ser precedido por um projecto de investigação serio da história de Moçambique.

3. Sobre os poderes do Presidente da República de Moçambique

Etão, que fazer?
Acho eu que o Presidente da república tem direito inalienável de deliberar sobre quem deverá ser herioi nacional. Na dúvida, tem um conjunto de conselheiros e o proprio Conselho de Estado para o ajudar. Temos que confiar nas nele e no seu elenco.
Mais, ser heroi não constitui a única forma de reconhecer os melhores cidadãos deste país. Há várias outras alternativas. Pior, hoje pode alguém morrer e não ser declarado heroi para 20 ou 30 anos depois a nação o reconhecer e declara-lo Heroi Nacional. Aconteceu com Bocage e Camões em Portugal. Por isso, o debate é imperinente, exactamente porque os seus mentores pretendem saber hoje e antes de morrerem sobre a possiblidade de, após a sua morte, serão ou não herós, conhecidos que forem os seus termos de referência. Coisa má essa!
Porém, para estes, o Presidente tem saída: condecorá-los com Ordens, Grã-Cruzes e outras condecorações existentes ou mesmo se possível, fundando outras.
Espero ter metido mais água nesse debate. Reajam.

Obrigado

Egídio Guilherme Vaz Raposo
RESEARCHER
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terça-feira, fevereiro 07, 2006

A Responsabilidade

A responsabilidade (10)

Muitos de nós atribuímos uma importância desmesurada à nossa própria pessoa, ao tamanho da nossa conta bancária, à nossa etnia, ao nosso partido, ao nosso líder, à nossa família, aos nossos amigos, enfim, a tudo quanto nos define como pessoas. E isso é legítimo e bom assim. Contudo, a verdadeira medida da nossa condição de pessoas não reside nos artefactos que pensamos serem essenciais à nossa identidade. A verdadeira medida da nossa personalidade consiste no facto de partilharmos o mundo com outras pessoas. É a presença dos outros que torna a nossa existência social.
Viver, portanto, significa na sua essência ter em atenção o facto de que não estamos a sós. Temos que ser capazes de reagir à presença dos outros. Isto equivale a dizer que a reacção à presença dos outros é o que dá sentido à nossa vida. Dito doutro modo, é à responsabilidade que devemos atribuir máxima importância. Entendo a noção de responsabilidade de duas maneiras. A primeira parece-me elementar. Ela consiste na ideia de que temos que ser capazes de assumir as consequências do que fazemos. Ao fazermos isso estamos a indicar da forma mais social possível que reconhecemos a presença de outros na nossa vida. A segunda parece complicada, mas resulta logicamente da primeira. Responsabilidade é a capacidade de dialogar com outros no sentido de justificar as nossas acções e dizeres.
A filosofia política deve ter maneiras mais complicadas de expôr o que tentei expôr aqui. Provavelmente devia ter optado por aí para não ser entendido e para que as coisas continuem na mesma. Talvez. Espero ter sido o mais claro e directo possível. Nenhuma sociedade pode existir sem cultura de responsabilidade. Na verdade, de certa maneira o sistema político representa o lado institucional da cultura de responsabilidade. Só uma sociedade feita de indivíduos que têm consciência do que fazem no seu dia a dia, sabem justificar o que fazem, sabem dizer aos outros como o seu desempenho deve ser avaliado e estão preparados para justificar esses critérios, é que tem probabilidades de sobreviver, pelo menos a médio prazo.
Lamento ter de concluir que o nosso País ainda está longe disso. Os políticos não são culpados por isso. Os intelectuais também não. Muito menos o povo. Todos nós, sem nenhuma excepção, temos a capacidade de nos indignarmos pelo que anda mal, e fazêmo-lo em conversas de barracas, em salas de aulas, em editoriais abrasivos, em discursos políticos, em conversas de gabinete, na rua, na igreja, enfim, em todo o lado onde o ser social em nós ainda palpita. Vemos o País atolado na inércia induzida por funcionários públicos indiferentes e incompetentes, por políticos ainda com dificuldades de entender o verdadeiro significado das estatísticas internacionais que colocam o nosso País como uma das lanternas vermelhas, por académicos que veem no estudante um mal necessário, por intelectuais que sucubem ao canto sedutor do argumento fácil, por homens de negócios que ainda não perceberam que o lucro sabe ainda melhor quando investido de forma produtiva, por uma população que quase deixou de sonhar, farta de promessas vãs, enfim, somos espectadores de nós próprios, audiência, actores e críticos, tudo ao mesmo tempo.
Estamos entregues a nós próprios, às nossas fraquezas, mas sobretudo à nossa falta de imaginação. É aqui onde queria chegar. Precisamos de imaginação, muita mesmo. Algo me diz, embora não esteja preparado para defender essa opinião agora, que a falta de imaginação é o maior entrave ao surgimento de uma cultura de responsabilidade. A falta de imaginação não nos permite distinguir o essencial do supérfluo, impede-nos de separar táctica e estratégia, impele-nos ao accionismo irreflectido. Tenho consciência de que deixei de ser objectivo há vários parágrafos, passei para o desabafo, ao mesmo tempo que mantenho viva a esperança de poder influenciar algumas pessoas a verem na cultura da responsabilidade a verdadeira razão da nossa existência. Seria bom podermos acabar com a pobreza absoluta, com o espírito – e a prática – do deixa-andar, com a criminalidade, com a corrupção, com o burocratismo, com a apatia, a inércia, as doenças, as desigualidades, as assimetrias, a exclusão social e tudo quanto choca com o nosso sentido de seres morais. Seria mesmo bom. Mas sem cultura de responsabilidade, sem o hábito de formular critérios de desempenho, de avaliação e de procedimento burocrático como é que saberemos que a pobreza absoluta e o espírito do deixa-andar já foram eliminados? Como é que vamos saber que estamos no bom caminho? Como é que podemos corrigir falhas - partindo do princípio de que seremos capazes de as detectar? Como?
Era tão bom que o novo ano trouxesse ao lado das acusações de corrupção e conspirações, incompetência e falta de patriotismo mais discussão sobre os critérios de desempenho, sobretudo no parlamento, onde o povo se devia reencontrar. Era tão bom que cada cessação de funções fosse acompanhada de uma discussão – também para o próprio bem das pessoas visadas – sobre o desempenho, sobre o quadro institucional em que essas pessoas tiveram de trabalhar, sobre os constrangimentos e, acima de tudo, sobre o que em face do constatado será feito para que o desempenho seja melhor. Era tão bom que o novo ano nos tornasse mais responsáveis ainda.

Fim...//...


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