Por: Betuel CanhangaSem tirar nem dar razao a ninguem (quem sou eu para julgar), apresento meu ponto de vista.
O grande problema deste belo Pais, desta pátria que dizemos ama-la é que as pessoas nao sao sérias. A Dra langa apresentou um bom pressuposto no meu entender. Eu acho sim, que ha musicas que devem ser passadas em alguns foruns especiais. Ha musicas que nao devem (podem) ser passadas em certos momentos pelos canais de comunicacao, e alias, o mesmo pressuposto é usado em relaccao aos filmes.
Todos havemos de nos levantar a gritar se os canais de televisao passaram por exemplo um filme de Pornografia as 12h.
Nao nos irremos aborecer (e se nos for aborecedor, sera com tom diferente) se mesmo filme for passado as 3horas da manha!!! Ou ainda se o filme for vendido e assistido por alguem em sua casa!!!
Quanto a mim, podemos (Devemos) fazer uma análise identica em relacao a musica. Mas... ha um outro pressuposto:
Em Mocambique, a Poltitica se infliltrou demas no sistema de gestao da vida social (ha quem dizia que nao ha viver social discossiado da politica), ate que nao sou muito entendido de "ciencias sociais"... mas "too much is never good", nós as vezes exageramos.
Quando aparece alguem séptico em relaccao as afirmacoes da Presidente do CSCS eu entendo. Bem ou mal, mas tenho minha percepcao.
É que, se o tal instrumento for criado e se o CSCS tiver ferramentas legais para impedir a radiodifusao de certos temas, voces podem crer que tudo aquilo que for musica que critique Renamo, Pamomo, PDD, Pademo, Pimo, Monamo "será que esqueci alguem... hehehe" (para nao particularizar) nao sera radio difundida. Podem crer que musicos criticos nao terao hipoteses de prosperar... e de certa forma estaremos a cortar a lingua do povo. Se voces se recordam, Craveirinha era um poeta crítico, um poeta com vontade da verdade e que asperava a liberdade, espressava sentires do Povo com base nos seus escritos, na altura, persona nao grata ao regime e Hoje é Heroi de todos nós!...
Defendo a ideia de que é preciso ouvir as massas para sabermos oque elas querem, para sabermos o que elas sentem. E isso nao fazemos só no periodo de presidencia e ou governacao aberta, alias, governacao aberta tem que ser um exercicio continuo, um exercicio de dia pos dia, atraves de várias formas de expressao popular (a musica, o teatro,...).
Quanto a mim, está certo que é preciso que hajam esses restreio da musica, mas é importante que saiba-se fazer!!!
Claro, muitos entendedores na matéria aparecerao com argumentos filosóficos definindo oque é (saber restrear a qualidade de musica Mocambicana), mas se nao mudarmos a nossa filosofia de accao vamos continuar a enrolar o povo! Vamos continuar a ser como os Norte Americanos que usam o discurso do combate ao terrorismo para fazer e satisfazer seus caprichos!...
Camaradas, enquanto nao nos libertarmos, continuaremos sempre com limitacoes nas nossas accoes!
Mais nao disse.
Se erro aprendo! e Se Penso, Existo!
Re: Carta aberta a Drª J Langa (Betuel canhanga)
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